E-mails vazados de uma empresa privada de defesa refere-se a armas químicas, dizendo: "a idéia foi aprovada por Washington".
Obama emitiu um alerta para o presidente sírio Bashar al-Assad no mês passado (que seria em Dezembro) onde dizia que o uso de armas químicas seria "totalmente inaceitável".
Nota Blog Anti-NOM: o artigo aqui traduzido foi publicado no dia 29 de janeiro de 2013 pelo segundo maior jornal do Reino Unido, o Daily Mail. O artigo desapareceu misteriosamente no dia seguinte (dia 30 de janeiro). Graças ao site WayBack Machine, que armazena páginas de sites em diferentes momentos, consegui localizar o artigo original neste link. Ainda pode ser encontrado um artigo no Yahoo News que cita o artigo 'deletado' do Daily Mail.
E-mails vazados recentemente provariam que a Casa Branca deu sinal verde a um ataque com armas químicas na Síria, ataque que poderia ser atribuído ao regime de Assad e por sua vez estimular a ação militar internacional no país devastado.
Um artigo divulgado na segunda-feira contém uma troca de emails entre dois altos funcionários britânicos da empresa privada Britam Defence, onde um esquema "aprovado por Washington" é descrito explicando que o Qatar iria financiar as forças rebeldes na Síria paa usar armas químicas.
Barack Obama deixou claro para o presidente sírio Bashar al-Assad meses atrás que os EUA não tolerariam a Síria usar armas químicas contra seu próprio povo.
Jogos de Guerra: Uma explosão na cidade síria de Homs, no mês passado. Já foi sugerido que os EUA apoiaram o uso de armas químicas para estimular a intervenção militar internacional
De acordo com o site Infowars.com, o email do 25 de dezembro foi enviado pelo Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Britam David Goulding ao fundador da empresa, Philip Doughty. Veja aqui o print do referido email.
Nele se lê:
"Phil ... Temos uma nova oferta. É sobre a Síria novamente. Catar propõe um atraente negócio e jura que a idéia foi aprovada por Washington. Nós vamos ter que levar uma CW (Chemical Weapon, ou Arma Química) para Homs, uma g-shell (bomba que consiste de uma projétil explosivo cheio de gás tóxico que é liberado quando a bomba explode) de origem soviética da Líbia semelhante as que Assad deveria ter. Eles querem que a gente coloque o nosso pessoal ucraniano que deve falar russo e fazer um registro de vídeo. Francamente, eu não acho que seja uma boa idéia, mas as quantias propostas são enormes. Sua opinião? Atenciosamente, David."
A Britam Defence ainda não retornou ao pedido de comentário para o MailOnline.
Nota: a empresa de defesa privada Britam admitiu que foi hackeada, mas negou que os e-mails divulgados pelo hacker eram genuínos. Um administrador de sistemas de software que analisou os detalhes dos 'cabeçalhos' dos e-mails em questão concluiu: "Eu tenho que admitir que o e-mail, de fato, parece ser genuíno .... todos esses fatos batem. Assim, com objetividade de caçador de mitos tenho que chamar isso de uma possibilidade plausível".
Os e-mails foram liberados por um hacker da Malásia que também obteve currículos e cópias de passaportes de altos executivos por meio de um servidor não protegido da companhia, de acordo com Cyber War News.
O perfil no Linkedin de Dave Goulding o lista como Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Britam Defense Segurança e investigações. O perfil na rede de negócios de Phil Doughty o lista como Diretor de Operações da Britam Segurança e investigações, Emirados Árabes Unidos.
O Departamento de Estado dos EUA não tinha retornado o pedido de comentário feito pelo MailOnline sobre os supostos e-mails até o momento da publicação.
No entanto, o uso de armas químicas foi levantado em uma coletiva de imprensa em Washington em 28 de janeiro.
Um porta-voz disse que os EUA juntaram-se a comunidade internacional para definir "linhas vermelhas" comuns sobre as conseqüências do uso de armas químicas.
Devastação: As pessoas se reúnem em um local atingido pelo o que ativistas disseram ter sido mísseis disparados por um avião de caça da Força Aérea da Síria das forças leais a Assad, no zoco de Azaz, norte de Aleppo em 13 de janeiro
Suposto "Vazamento" de Cabo Diplomático
Um suposto vazamento de um cabo do governo dos EUA revelou que o exército sírio provavelmente utilizou armas químicas durante um ataque na cidade de Homs em dezembro.
O documento, revelado no The Cable, revelou os resultados de uma investigação de Scott Frederic Kilner, o cônsul-geral dos EUA em Istambul, com acusações de que o exército sírio utilizou armas químicas no ataque de 23 de dezembro.
Foi relatado que um funcionário do governo Obama que teve acesso ao documento disse: "Nós não podemos dizer definitivamente 100 por cento, mas os contatos sírios fizeram um argumento convincente de que o Agente 15 foi usado em Homs em 23 de dezembro."
A investigação do Sr. Kilner incluiu entrevistas com civis, médicos e rebeldes presentes durante o ataque, assim como o ex-general e chefe do programa de armas de destruição maciça da Síria, Mustafa al-Sheikh.
Dr. Nashwan Abu Abdo, um neurologista em Homs, tem certeza que que armas químicas foram utilizadas. Ele disse ao The Cable: "Foi uma arma química, temos a certeza, porque gás lacrimogêneo não pode causar a morte de pessoas."
Testemunhas oculares da investigação revelaram que um tanque lançou armas químicas e fez com que as pessoas expostas a elas sofressem náuseas, vômitos, dor abdominal, delírio, convulsões e dificuldade respiratória.
Os sintomas sugerem que o composto Agente-15 foi o responsável. A Síria negou o uso de armas químicas e disse que nunca iria usá-las contra os cidadãos.
Falando a jornalistas no Pentágono, no momento, o secretário de Defesa Leon Panetta disse que sua maior preocupação era como os EUA e seus aliados iriam proteger os locais de armazenamento de armas químicas e biológicas espalhadas por toda a Síria, e como garantir que os componentes não acabem em mãos erradas se o regime cair , particularmente em condições violentas.
As forças do governo e rebeldes na Síria foram ambos acusados por grupos de direitos humanos de realizar guerra brutal em 22 meses de conflito, que já custou mais de 60.000 vidas.
A imagem abaixo mostra o print deste artigo enquanto ele esteve online (clique para aumentar):
Nota Blog: Alguns meses atrás, 29 diferentes grupos de oposição sírios apoiados pelos EUA prometeram sua lealdade a Al Nusra, um grupo afiliado a Al-Qaeda que, de acordo com o New York Times, "matou várias tropas americanas no Iraque."
Inúmeros reportagens confirmam que Al Nusra é a principal força na linha de frente de combate na Síria e está comandando outros grupos rebeldes. Dado o seu papel de destaque, aliado ao fato de que o grupo terrorista tem sido responsável por vários ataques sangrentos na Síria, a noção de que o governo de Obama aprovaria uma trama que faria com que armas químicas caissem nas mãos de terroristas da Al-Qaeda poderia representar uma escândalo da política externa até maior do que Benghazi.
Veja ainda a discussão no Fórum Anti-NOM.
Fontes:
- Daily Mail: U.S. 'backed plan to launch chemical weapon attack on Syria and blame it on Assad's regime' (artigo localizado no WayBackMachine)
- CiberWarNews: A Look into the Britam Defence Data Leak Files
- Infowars: Hacked Emails Reveal ‘Washington-Approved’ Plan to Stage Chemical Weapons Attack in Syria
- Yahoo News India: US 'backed plan to launch chemical weapon attack on Syria, blame it on Assad govt': Report
Fontes:
- Daily Mail: U.S. 'backed plan to launch chemical weapon attack on Syria and blame it on Assad's regime' (artigo localizado no WayBackMachine)
- CiberWarNews: A Look into the Britam Defence Data Leak Files
- Infowars: Hacked Emails Reveal ‘Washington-Approved’ Plan to Stage Chemical Weapons Attack in Syria
- Yahoo News India: US 'backed plan to launch chemical weapon attack on Syria, blame it on Assad govt': Report
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