Aproximadamente a partir de 2016, em todos os automóveis produzidos nos 28 países da União Europeia serão inseridos bloqueadores eletrônicos especiais com comando por rádio.
Este dispositivo permitirá à polícia imobilizar a partir do seu painel central qualquer automóvel cujos passageiros despertem alguma suspeita. Foi a organização europeia
Statewatch, especializada na proteção dos direitos humanos, quem divulgou esta informação.
Se estes planos secretos não viessem à luz tendo como pando de fundo o escândalo em torno do “dossiê
Snowden” e da
Agência de Segurança Nacional dos EUA, é bem provável que não houvesse nenhuma indignação especial em seu torno. A Comissão Europeia asseverou aos cidadãos que tudo isso não passa de uma medida que ajudará a deter um sequestrador, um eventual criminoso ou, inclusive, um motorista que tenha ultrapassado a velocidade permitida. Os
EUA justificam-se mais ou menos da mesma maneira: toda a vigilância é efetuada somente contra os suspeitos de terrorismo e somente para o bem dos cidadãos. Mas se soube que a Agência de Segurança Nacional registra cerca de cinco bilhões de dados sobre a localização dos telefones celulares por dia. É um tanto demais por os “suspeitos de terrorismo”.