"Nosso objetivo é ser capaz de orientar essas baratas da forma mais eficiente possível, e nosso trabalho com o Kinect está nos ajudando a fazer isso", disse o Dr. Alper Bozkurt da NCSU em um comunicado à imprensa hoje.
No fim das contas, o Kinect não é bom só para jogar jogos de vídeo.
O Kinect também está sendo usado pelos pesquisadores para coletar dados e detectar quão eficazmente as baratas controladas remotamente respondem aos impulsos elétricos que são usados como sistema de controle.
O objetivo final, de acordo com os pesquisadores, é utilizar a baratas para "explorar e mapear locais de desastres." Veja no vídeo abaixo:
Atualmente, os insetos estão seguindo um caminho simples através do piloto automático, graças ao Kinect colocado sobre elas.
A tecnologia que permite que o Kinect digitalize um quarto pode ser aproveitada para ajudar "as baratas" a mapear o interior de um prédio que desabou, de acordo com os pesquisadores.
"As baratas também podem ser equipadas com microfones para detectar sobreviventes, ou mesmo pequenos alto-falantes para permitir a comunicação de duas vias entre as equipes de resgate remotas e as pessoas que estão presas", relata o site LiveScience.
Estes "rédeas eletrônicas" essencialmente enganam a barata em pensar que suas antenas estão em contato com algum tipo de barreira física, fazendo-as se mover em uma direção diferente.
A precisão com que eles podem fazer essas baratas se movimentar é bastante surpreendente, especialmente se levarmos em conta que esta tecnologia ainda está em sua relativa infância.
"O programa de piloto automático controlaria as baratas, enviando-as pelas rotas mais eficientes para fornecer às equipes de resgate uma visão abrangente da situação", acrescentou.
Bozkurt e sua equipe da NCSU irá apresentar suas pesquisas em 4 de julho na conferência anual da Sociedade IEEE de Engenharia em Medicina e Biologia em Osaka, no Japão.
Surpreendentemente, os pesquisadores da North Carolina State University não são os únicos a estudarem a criação de baratas "aprimoradas" pela tecnologia.
Pesquisadores da Case Western Reserve University demonstraram a capacidade de implantar células de biocombustível em insetos que convertem o açúcar em eletricidade, a qual é então utilizada para energizar sensores sobre o inseto ou para manipular a criatura remotamente.
Existe até mesmo um projeto chamado Kickstarter RoboRoach, que visa criar baratas que podem ser controladas remotamente via smartphone.
Fontes:
- Activist Post: North Carolina State University researchers control cyborg cockroaches with Microsoft Kinect
- End the Lie: University researchers develop a technique to remotely control cockroaches
- LiveScience: Video Game Tech Steers Cyborg Cockroach
- Case University: Implanted biofuel cell converts bug’s chemistry into electricity
- Pop Sci: Cyborg Insects Could be Powered by the Bugs' Own Digestion
- The RoboRoach
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