Insuficiente exposição ao sol, resultando em baixos níveis da vitamina D, pode desempenhar um papel em uma ampla gama de doenças, tais como esclerose múltipla, a artrite reumatóide, diabetes tipo 1, alguns cânceres e até demência, disseram cientistas hoje.
Um estudo financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica, do Wellcome Trust e outros, conseguiu mapear os pontos em que a
vitamina D interage com o DNA. Cientistas da Universidade de Oxford descobriram que a vitamina exerce uma infl quência direta mais de 229 genes que são conhecidos por terem relação com certas doenças. Muitas das doenças que estão implicadas são mais comuns no hemisfério norte que nos ensolarados climas do hemisfério sul.
A Escócia, por exemplo, tem uma das taxas mais elevadas de esclerose múltipla no mundo. A doença é praticamente desconhecida na África. O estudo, publicado na revista Genome Research, presta um apoio substancial para a hipótese de que a migração da humanidade, centenas de milhares de anos atrás, para as partes mais frias e escuras do mundo teve um efeito tanto sobre a cor da pele e sensibilidade a certos tipos de doença.
A boa notícia é que - se os cientistas estiverem certos - doenças tais como a esclerose múltipla não são geneticamente pré-determinadas, mas uma mistura de hereditariedade e ambiente, diz Ebers. o estudo irá aumentar o suporte a mudanças nas recomendações sobre tomar suplementos de
vitamina D.
Em uma outra reportagem, alguns experts sugerem que a dosagem óptima para prevenção de doenças seria em torno de 2.000 IU. As recomendações da OMS são de 200 até 600 IU. A Anvisa recomenda dosagens de no máximo até 400 IU. Não é de se surpreender que estas doenças, como muitas outras, afetem cada vez mais pessoas no mundo.
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Fontes:
WebMD: Vitamin D Deficiency Linked to Autoimmune Diseases
The Guardian: MS and arthritis may be linked to lack of sun, say scientists