Eis o artigo:
Os porta-vozes da grande propriedade e das empresas transnacionais são muito bem pagos para todos os dias defender, falar e escrever de que no Brasil não há mais problema agrário. Afinal, a grande propriedade está produzindo muito mais e tendo muito lucro. Portanto, o latifúndio não é mais problema para a sociedade brasileira. Será? Nem vou abordar a injustiça social da concentração da propriedade da terra, que faz com que apenas 2%, ou seja, 50 mil fazendeiros, sejam donos de metade de toda nossa natureza, enquanto temos 4 milhões de famílias sem direito a ela.
Vou falar das consequências para você que mora na cidade, da adoção do modelo agrícola do agronegócio.
O agronegócio é a produção de larga escala, em monocultivo, empregando muito agrotóxicos e máquinas.
Usam venenos para eliminar as outras plantas e não contratar mão de obra. Com isso, destroem a biodiversidade, alteram o clima e expulsam cada vez mais famílias de trabalhadores do interior.
Na safra passada, as empresas transnacionais, e são poucas (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell química...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa. Esses venenos são de origem química e permanecem na natureza. Degradam o solo. Contaminam a água. E, sobretudo, se acumulam nos alimentos.
As lavouras que mais usam venenos são: cana, soja, arroz, milho, fumo, tomate, batata, uva, moranguinho e hortaliças. Tudo isso deixará resíduos para seu estômago.
E no seu organismo afetam as células e algum dia podem se transformar em câncer.
Perguntem aos cientistas aí do Instituto Nacional do Câncer, referência de pesquisa nacional, qual é a principal origem do câncer, depois do tabaco? A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) denunciou que existem no mercado mais de vinte produtos agrícolas não recomendáveis para a saúde humana. Mas ninguém avisa no rótulo, nem retira da prateleira. Antigamente, era permitido ter na soja e no óleo de soja apenas 0,2 mg/kg de resíduo do veneno glifosato, para não afetar a saúde. De repente, a Anvisa autorizou os produtos derivados de soja terem até 10,0 mg/kg de glifosato, 50 vezes mais. Isso aconteceu certamente por pressão da Monsanto, pois o resíduo de glifosato aumentou com a soja transgênica, de sua propriedade.
Esse mesmo movimento estão fazendo agora com os derivados do milho.
Depois que foi aprovado o milho transgênico, que aumenta o uso de veneno, querem aumentar a possibilidade de resíduos de 0,1 mg/kg permitido para 1,0 mg/kg.
Há muitos outros exemplos de suas consequências. O doutor Vanderley Pignati, pesquisador da UFMT, revelou em suas pesquisas que nos municípios que têm grande produção de soja e uso intensivo de venenos os índices de abortos e má formação de fetos são quatro vezes maiores do que a média do estado.
Nós temos defendido que é preciso valorizar a agricultura familiar, camponesa, que é a única que pode produzir sem venenos e de maneira diversificada. O agronegócio, para ter escala e grandes lucros, só consegue produzir com venenos e expulsando os trabalhadores para a cidade.
E você paga a conta, com o aumento do êxodo rural, das favelas e com o aumento da incidência de venenos em seu alimento.
Por isso, defender a agricultura familiar e a reforma agrária, que é uma forma de produzir alimentos sadios, é uma questão nacional, de toda sociedade.
Não é mais um problema apenas dos sem-terra. E é por isso que cada vez que o MST e a Via Campesina se mobilizam contra o agronegócio, as empresas transnacionais, seus veículos de comunicação e seus parlamentares, nos atacam tanto.
Porque estão em disputa dois modelos de produção. Está em disputa a que interesses deve atender a produção agrícola: apenas o lucro ou a saúde e o bem-estar da população? Os ricos sabem disso e tratam de consumir apenas produtos orgânicos.
E você precisa se decidir. De que lado você está?
Fontes:
www.e-campo.com.br
O Globo: Agrotóxicos no seu estômago
alimentação viva
alimentação viva
8 comentários:
Gostaria de saber qual o embasamento da afirmação de que a utilização de Milho transgênico aumenta a utilização de AGROQUÍMICOS.
Caro Anonymous, o que há de especial nos alimentos trangênicos é que eles são resistentes ao pesticida, que é claro, é produzido pela mesma empresa que fornece as sementes. E a forma indicada de produção é borrifar o pesticida (roud-up, no caso da monsanto), haja ou não pestes agrícolas.
Ou seja, as empresas ganham 2 vezes. No veneno e nas sementes. Falta agora elas entrarem no mercado de saúde, ai sim, a cadeia está completa. Bom cancer pra todos
Apoiar o MST?, a via campesina? Se os nossos politicos não tivessem o rabo preso com empresas como a monsanto, bunge, etc, esse problema seria muito menor. Mas como o Brasil "socialista" procura diminuir as diferenças sociais maximizando o lucro dos banqueiros e entregando o pais pras elites mundias, toda essa situação tende só a piorar. Agora vem esse Stedile pedindo pra apoiar o MST, e alimentar a revolução vermelha no nosso pais, como se a luta de classes resolvesse algum problema nesse pais ou no mundo.
Isaac Trindade
A tempos o Brasil virou um ótimo negócio para a Nova Ordem Mundial, não é atoa que o Lula recebe tantos elogios dos grandes governantes e empresários.
Bom meu caro Émerson, sou Engº.Agrônomo e vou esclarecer para você alguns pontos. Existem na atualidade 3 eventos transgênicos de milho liberados no Brasil, sendo que 1 híbrido possui uma proteína Bt (Bacillus thuringiensis ), sendo somente "resistente" ao ataque de lagartas (ordem lepidoptera, principalmente a lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) que é uma praga de controle muito díficil e vem causando muitos prejuízos nas lavouras. Nesse caso, após a ingestão de tecido pela lagarta, a mesma morre devido a formação de cristais no seu trato digestivo, sendo DESNECESSÁRIA ou REDUZIDA a aplicação de INSETICIDAS. Os outros dois eventos de milho transgênicos liberados no Brasil possuem o gene Bt e também tolerância a moléculas herbicidas como o Glifosato e o Glufosinato de Amônio. A tolerância a essas moléculas pode fornecer ao produtor uma alternativa para rotação de moléculas para realizar o controle de plantas daninhas.
Sou brasileiro com muito orgulho, e acho que está mais do que na hora de pararmos de puxar carroça para as multinacionais, mas para isso precisamos avançar em pesquisas e desenvolvermos nossa propria tecnologia.
Parabéns ao colega, agônomo.
Acho que chega desta baboseira pseudo-ecológica(que está mais para ecoterrorismo)!
Primeiro, que ao dar ouvidos a um bandido como o Stédile estamos estamos apoiando uma "revolução" que já falhou em todo o mundo (comunismo com as coisa dos outros, com as minhas não !) Segundo, que os tranasgênicos não causam mal algum. Só tem benefícios. Ao invés de usar um forte inseticisa e com resultados nem sempre satisfatórios para controlar a lagarta do cartucho, agora a planta vem com uma proteina que mata a lagarta SEM atingir outros insetos (principalmete os inimigos naturais das praga). Se usar um transgênico resistente a um determinado herbicida po usar este herbicida (não sou obrigado) para combater plantas daninhas, evitando assim que aparecam plantas resistentes (o que é normal quendo se usa qualquer herbiciada repetidamente por longos períodos). Quanto ao uso do glifosato, este é muito menos tóxico do que outros herbicidas usados normalmente (é inclusive, menos tóxico que a aspirina !!!... é...) se degrada mais rapidamente no meio e não tem efito residual. Quanto aos cânceres, há 5000 anos antes de cristo os faraós egipsios já morriam com esta doença (quem não sabe a história corree o risco de repeti-la...). Quanto aos orgânicos, em tos destes produtos sãopermitido usar "inceticidas naturais", como o piretro ou a nicotina. Não é por serem "naturais" que eles fazem menos mau (esperimente tomar um gole de veneno de cobre ou mastigar uma folhinha de não-me-toque). Ninguém fala mal dos anti-helmínticos, bactericidas, fungicidas, etc que tomamos quando estamos doentes. " diferença entre o veneno e o remédio estão na dose". Não se deve sair por aí despejando agrotóxicos mundo a fora , sem critério, assim como também não devemos sair tomando remédios sem consultar um médico. Outra coisa, se certos fungicidas não forem usados ou mal armazenados, pode haver a proliferaçao de certo fungos que tem um potencial carcinogênico muito maio que muitos agrotóxicos. Os agrotóxicos, quando aplicados com técnica tem dosagem controladas, já os fungos.......
selso costa
So faltou base matematica para esta militontada, pois esta quantidade de defensivos seria 5 vezes maior que a produção nacional de grãos, seria o equivalente a se produzir um kg de soja com 5 kg de glifosado, sendo que o custo por kg de glifosado é de aproximadamente R$ 8.00, então teriamos de custo de defensivo R$ 40,00 por kg de soja, se estamos vendendo esta soja a R$ 0,55, estamos tendo um prejuiso de R$ 39,45 por kg e não é necessrio campanha nenhuma para acabar com os defensivos pois sera com esta matematica os defensivos que acabarão com o agronegocio. Estes militontos aqui não comentam que os maiores consumidores de defensivos são os prequenos produtores na produção de frutas, hortalicas e verduras, e que voce teria que consumir uma tonelada de soja para equivaler com o consumo de um unico tomate produzido pela pequena propriedade rural ou a militontada vai dizer que o tomate é um produto do agronegocio.
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