Isso pode se tornar interessante. Pode até ser catastrófico
Na terça-feira, dia 3 de novembro, a porta-voz Laura Seal do Departamento de Defesa dos EUA disse ao site The Daily Beast que doze aviões de combate F-15C ar-ar foram enviados para a Base Aérea Incirlik na Turquia para posicionamento na Síria contra o aviões de combate russos Su-30SM ar-ar. Nem o F-15C nem o Su-30SM podem destruir-alvos terrestres, só para alvos aéreos inimigos.
Em outras palavras: o presidente dos EUA, Barack Obama está dizendo ao presidente russo, Vladimir Putin, a menos que Putin esteja disposto a ir para a guerra contra os Estados Unidos, que ele deve parar o que está fazendo agora na Síria. Obama está dizendo isso na única linguagem cujo sentido não pode ser negado ou mal interpretado: enviando uma contra-força para especificamente o que a Rússia já enviou à Síria.
Se não fosse o caso de que tanto o F-15C e o Su-30SM estão equipados apenas para combate ar-ar, então o significado do movimento de Obama aqui não seria tão claro e inequívoco. A Sra. Seal deixou ainda mais claro oferecendo-se ao dizer ao repórter David Axe do The Daily Beast, "Eu não disse que não era contra a Rússia".Axe, em seguida, comentou em seu artigo, que esta declaração dela "insinuou o verdadeiro propósito de se posicionamento." Mas seria preciso ser um tolo, a fim de negá-lo. A única questão real aqui é o porquê que Obama tomou esta decisão, a qual é bastante provável que seja fatal. Assim: esse é o assunto: Por que ele fez isso?
Em 11 de outubro de 2015, a CBS transmitiu o programa no 60 Minutes, "Steve Kroft questiona o presidente Obama sobre os tópicos incluindo incursão russa na Síria", e o presidente dos Estados Unidos foi desafiado por Sr. Kroft sobre o quanto ele é "fraco" sobre o assunto Síria:
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Presidente Barack Obama: De que maneira? Vamos - vamos pensar sobre isso - vamos - vamos
Steve Kroft: Bem, ele moveu as tropas para a Síria, primeiramente. Ele tem pessoas no terreno. Segundo, os russos estão conduzindo as operações militares no Oriente Médio pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
Presidente Barack Obama: Então é isso.
Steve Kroft: - bombardear as pessoas - que estamos apoiando.
Presidente Barack Obama: Isso é liderar, Steve? Deixe-me perguntar-lhe algo. Quando eu ocupei o cargo, a Ucrânia foi governada por um governador corrupto que era um fantoche de Putin. A Síria foi a única aliada da Rússia na região. E hoje, ao invés de ser capaz de contar com o seu apoio e manter a base que eles tinham na Síria, a qual eles tiveram por um longo tempo, o Sr. Putin agora está dedicando suas próprias tropas, seu próprio exército, apenas para realizar juntos uma discussão com seu único aliado. E na Ucrânia.
Steve Kroft: Ele está desafiando sua liderança, Sr. Presidente. Ele está desafiando sua liderança.
Presidente Barack Obama: Bem Steve, eu tenho que te dizer, se você acha que derrubar sua economia e ter que enviar tropas a fim de sustentar seu único aliado é liderar, então nós temos uma definição diferente de liderança. A minha definição de liderança seria conduzir sobre a mudança climática, um acordo internacional que, potencialmente, nós vamos alcançar em Paris. A minha definição de liderança está mobilizando toda a comunidade mundial para se certificar de que o Irã não produza uma arma nuclear. E com relação ao Oriente Médio, nós temos uma coligação de 60 países que não está subitamente se alinhando em torno da estratégia da Rússia. Ao contrário, eles estão argumentando que, na verdade, essa estratégia não vai funcionar.
Steve Kroft: Meu ponto é - não que ele estava liderando, meu ponto é que ele estava desafiando sua liderança. E ele se envolveu muito na situação. Você pode imaginar qualquer coisa relevante acontecendo na Síria sem que os russos estejam envolvidos e que têm uma parte nisso?
Presidente Barack Obama: Mas isso foi verdade antes. Tenha em mente que durante os últimos cinco anos, os russos forneceram armas, proveram financiamento, assim como os iranianos, e o Hezbollah.
Steve Kroft: Mas eles não bombardearam e eles não tinham tropas no chão.
Presidente Barack Obama: E o fato que eles tinham que fazer isso não é uma indicação de força, é uma indicação de que sua estratégia não funcionou.
Steve Kroft: Você não acha.
Presidente Barack Obama: Você não acha que o Sr. Putin teria preferido que Assad fosse capaz de resolver este problema sem ele ter que enviar um grupo de pilotos e dinheiro que eles não têm?
Steve Kroft: Você sabia que ele iria fazer tudo isso quando você se encontrou com ele em Nova York?
Presidente Barack Obama: Bem, nós percebemos - e temos muita inteligência. Nós observamos.
Steve Kroft: Então você sabia que ele estava planejando fazer isso.
Presidente Barack Obama: Nós sabíamos que ele estava planejando prover a assistência militar que Assad estava precisando, porque eles estavam nervosos sobre um potencial colapso iminente do regime.
Steve Kroft: Você diz que ele está fazendo isso por fraqueza. Há uma percepção no Oriente Médio entre nossos adversários, certamente e mesmo entre alguns dos nossos aliados que os Estados Unidos está recuando, que nós retiramos nossas tropas do Iraque e o ISIS entrou e assumiu a maior parte desse território. A situação no Afeganistão é muito precária e os talibãs estão avançando novamente. E o ISIS controla uma grande parte da Síria.
Presidente Barack Obama: Eu acho que é justo dizer, Steve, que se...
Steve Kroft: Sim - eles - deixe-me terminar o pensamento. Eles dizem que você...
Presidente Barack Obama: Termine.
Steve Kroft: - eles dizem que você está projetando uma fraqueza, não uma força.
Presidente Barack Obama: - você está dizendo "eles", mas você não está citando muitas pessoas. Mas, neste caso...
Steve Kroft: Não, eu vou citar - Vou citar se você me deixar, também.
Presidente Barack Obama: - Claro - sim. Claro.
Steve Kroft: Eu diria que os sauditas. Eu diria que os israelenses. Eu diria que muitos dos nossos amigos do Oriente Médio. Eu diria que todos no Partido Republicano. Bem, você quer que eu continue?
Presidente Barack Obama: Sim. Se - se - se você - se você está citando o Partido Republicano, eu acho que é justo dizer que não haveria nada certo que eu tenha feito ao longo dos últimos sete anos e meio.
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Aparentemente, o presidente dos Estados Unidos está levando este assunto muito a sério, ele está disposto a iniciar a Terceira Guerra Mundial com isso, de modo a provar que ele não é "fraco".
A Guerra Fria nunca foi tão quente, exceto na época da crise dos mísseis de Cuba, em 1962. Mas, nesse caso particular, os EUA enfrentaram um potencial ataque nuclear soviético sobre os Estados Unidos, com mísseis soviéticos sendo colocados perto dos EUA em Cuba. Desta vez, ele está começando muito diferente: a Rússia não apresenta perigo direto contra os Estados Unidos. Na verdade, Putin solicitou repetidamente a cooperação dos Estados Unidos na guerra contra os jihadistas na Síria, mas Obama recusou-se repetidamente.
Agora, Obama vai mais longe do que simplesmente se recusar a cooperar: ele está ordenando que Putin pare. Obama está fazendo isso agindo, exigindo que Putin permita que os jihadistas sunitas assumam o controle da Síria, um país que, sob o regime de Assad tem um governo não-sectário secular, cuja maioria dos funcionários chefe são xiitas (embora o primeiro-ministro, Wael Nader al- Halqi, seja sunita), e onde a Constituição é totalmente não-religiosa e mantém um muro de separação entre a Igreja e Estado (o único dessa forma, em todo o Oriente Médio) - a qual todos as organizações de oposição que estão em conflito contra ela se opõem, porque elas são todas organizações jihadistas sunitas.
Obama está, de fato, dizendo agora a Putin que os Estados Unidos estão dispostos a ir para a guerra contra a Rússia, a fim de serem capazes de eliminar o governo não jihadista da Síria - um governo que foi fundado não apenas como anti-jihadista mas inteiramente não- religioso. Ele está dizendo isso na linguagem mais clara possível, mas Putin poderia simplesmente ignorá-lo. Qual, então, será a resposta quando os pilotos de caças americanos e russos atirem uns contra os outros no céu sírio, e um deles for morto no processo, e seu avião cair, talvez em chamas? Será que o perdedor (seja Obama ou Putin) daquela batalha, simplesmente desistirá da III Guerra Mundial imediatamente depois de ter começado, antes que ela se torne nuclear? Ou, será que não? E, se não, então qual será a resposta dele? E quando seria esse teste mútuo de "força" final - e como isso iria terminar?
Isso poderia ficar interessante. Pode até ficar catastrófico.
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