A Universidade de Cornell recebeu um prêmio de 5,6 milhões de dólares, concedido por um grupo de apoio patrocinado por Bill Gates, para criar um programa de "restaure a importância da evidência científica na tomada de decisões".
Algo que foi considerado como um manobra encoberta pelas relações públicas para favorecer a imagem e os interesses das gigantes agroindustriais como a Monsanto.
Segundo Stacy Malkan do grupo americano Right to Know, a College of Arts and Sciences (CAS), financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, promove a fabricação, uso e consumo dos organismos geneticamente modificados (OGM), os quais muitas pessoas acreditam causar câncer.
Alguns cientistas acreditam que a fundação está colaborando com a indústria agroquímica na elaboração do que muitos consideram relatórios desonestos sobre os efeitos dos produtos alimentícios transgênicos na saúde humana.
A CAS, lançada em 2014, intitula-se como uma organização sem fins lucrativos que defende o acesso à biotecnologia para combater a fome no mundo e a má nutrição nos países em desenvolvimento. O grupo foi acusado de beneficiar os interesses das gigantes agroquímicas, como a Monsanto, Dow e DuPont.
As campanhas de relações públicas da CAS cobrem seletivamente o tema transgênicos, evitando o reconhecimento de milhares de documentos científicos que detalham os efeitos secundários potencialmente negativos destes cultivos geneticamente modificados.
O diretor de política da CAS, Mark Lynas, ilustra vividamente como funciona a máquina de propaganda pró-OGM. Lynas, em um artigo de opinião no The New York Times, atacou a proibição dos cultivos transgênicos em mais da metade dos países da União Europeia, afirmando que com isso colocariam a opinião pública "contra a ciência", e chamou os Estados Membros de uma "coalizão de ignorantes".
Alguma das manobras de intoxicação da indústria agroquímica foram reveladas pela jornalista do Boston Globe, Laura Krantz, a qual informou que um executivo da Monsanto pediu ao professor de Harvard, Calestous Juma, que escrevesse um estudo que detalha a necessidade dos cultivos OGM para alimentar a África.
Professor Calestous Juma
"A Monsanto não apenas sugeriu o tema ao professor Calestous Juma. Ela foi além, proporcionando um resumo indicando o que o artigo devia dizer e inclusive lhe sugeriu qual título deveria ter. Então, a empresa contatou o professor através de uma empresa de marketing, para que a informação fosse expandida através das internet como parte da estratégia da Monsanto para ganhar a opinião pública e os legisladores", denunciou Krantz.
Juma disse que sua pesquisa não foi financiada pela Monsanto, alegando que ele recebeu seu dinheiro da Fundação gates, uma organização que tem colaborado muito para a Monsanto avançar na expansão dos cultivos transgênicos. De acordo com uma análise de 2014, quase 3 milhões de dólares de dinheiro procedente da Fundação Gates, destinados presumidamente a acabar com a foma da África, foram parar em países ricos, sobretudo à universidades e centros de pesquisa.
O professor da Universidade de Tufts, Thimothy Wise, em seu artigo "A guerra contra os críticos dos alimentos geneticamente modificados", afirma a falta de uma base científica no debate sobre os OGM, e destaca o papel que possuem os meios de comunicação ao informar falsamente sobre os transgênicos e seus efeitos.
"O que estamos vendo é uma campanha coordenada pontuar os críticos dos cultivos OGM como pessoas anti-ciência, uma vez que eles não oferecem nenhuma discussão séria sobre a controvérsia científica que rodeia estes produtos".
Um indicador de que existe esta campanha, afirma Wise, foi o prêmio que a Fundação Gates ofereceu à Universidade de Cornell.
"A Fundação Gates está pagando os cientistas e defensores da biotecnologia em Cornell para que ajudem a convencer o público ignorante e lavar seus cérebros, dizendo-lhes que eles não podem estar bem informados e que são uns ignorantes".
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