É realmente possível capturar a energia liberada durante as reações de fusão nuclear e transformá-la em uma fonte de energia ilimitada para o mundo inteiro? Uma empresa de energia situada no estado de Washington diz que é, tendo recentemente afirmado que descobriu com sucesso o "santo graal" da fusão nuclear.


A AGNI Energy, liderada por Demitri Hopkins, de 25 anos, está chamando-a de “uma mudança de paradigma no poder” - um novo modelo de “feixe alvo” que a empresa criou que supostamente alcança a fusão nuclear com muito mais eficiência do que qualquer iteração anterior. Imitando a atividade do sol, que é o reator de fusão natural mais proeminente do universo, a nova tecnologia representa um grande avanço que poderia mudar para sempre a maneira como todos nós obtemos energia.

Funciona basicamente unindo dois núcleos atômicos mais leves em um único núcleo mais pesado, gerando uma liberação de energia. Ao contrário da fissão nuclear, produz muito pouco desperdício nuclear, produzindo até quatro vezes mais energia - um sistema vantajoso para todos que tornaria obsoletas as tecnologias existentes de produção de energia nuclear.

O conceito existe há muito tempo, mas ninguém conseguiu desenvolver um reator de fusão viável para fazer isso acontecer - até agora. A AGNI diz que, pela primeira vez, é possível produzir um balanço de energia positivo a partir de reações de fusão, significando que mais energia pode ser capturada da reação do que é necessário para iniciar a reação.

Usando uma combinação de campos elétricos e magnéticos, Hopkins diz que sua empresa utilizará um método inovador de produção de fusão no qual um feixe de íons é focado em um alvo de combustível sólido. Esse feixe percorrerá um caminho muito curto para atingir seu alvo e não precisará ser controlado por muito tempo antes de acionar a fusão - o que significa que é necessário muito pouca energia para que tudo aconteça.

"Espera-se que a AGNI atinja 16 milhões de vezes a eficiência do carvão, 10 vezes a eficiência da fissão nuclear, (e) não produza desperdício e zero emissões", disse um porta-voz da empresa à mídia.

Muitos outros já fizeram afirmações sobre os avanços da fusão nuclear no passado que fracassaram - este será diferente?

Se for um sucesso, a tecnologia tornará praticamente todas as outras formas de produção de energia obsoletas. Mas a questão permanece: é real? Afinal de contas, muitos outros fizeram afirmações semelhantes sobre as “inovações” da fusão nuclear no passado, apenas para fazê-las fracassar no final.

Em 1989, por exemplo, os cientistas norte-americanos Martin Fleischmann e Stanley Pons afirmaram ter desenvolvido uma tecnologia conhecida como “fusão a frio”, que envolvia a geração de fusão nuclear à temperatura ambiente. Aparentemente funcionou em seus testes iniciais, mas não pôde ser replicado em testes posteriores.

A American Physical Society mais tarde declarou as reivindicações como um exemplo proeminente do que é conhecido como "ciência patológica", ou o engano do público baseado em falsas alegações derivadas de testes científicos subjetivos e não replicáveis.

É uma forte possibilidade que as mais recentes alegações da AGNI representem mais um exemplo desse tipo de ciência patológica - uma narrativa de promissores avanços baseados em falsas esperanças e ilusões. Há também uma chance de que seja real desta vez, e que o mundo inteiro possa muito em breve mudar de acordo com esses desenvolvimentos.

Tenha em mente que a Marinha dos EUA realmente declarou que o que Fleischmann e Pons descobriram várias décadas atrás era, de fato, real. É apenas uma questão torná-lo real em termos práticos e replicáveis, que ainda precisam ser vistos.

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Fontes:
- Natural News: A startup energy company claims to have created a stable fusion reactor that can supply the world with limitless energy
- Express: ‘The Holy Grail’ Scientists claim nuclear fusion method could mean LIMITLESS energy supply
- Natural News: Cold Fusion Proven True by U.S. Navy Researchers - Will Suppression of this Science be Repeated?