Desinvestir em combustíveis fósseis – quer dizer, naqueles viáveis para a atividade humana no mundo – é uma palavra de ordem repetida incessantemente nos arraias do fanatismo verde.
É fora de dúvida que aparecendo combustíveis melhores, menos onerosos, mais eficazes ou acessíveis, será bom ir fazendo a devida substituição, com sensatez e com toda a presteza possível.
Mas nada disso está acontecendo. Os verdes exigem desinvestir sem fornecer alternativas viáveis. O que equivale a parar a civilização hodierna.
Com esse objetivo, eles não hesitam em apelar até para desonestidades científicas, políticas ou administrativas.
Um exemplo típico desses procedimentos desonestos deu-se com a Sérvia.
A manobra visou influenciar a famigerada conferência de Paris sobre o clima – COP 21, de dezembro de 2015 –, hoje quase frustrada mas objeto de tentativas desesperadas para conseguir implantá-la.
A COP 21 produziu o Acordo de Paris que no papel introduziu uma espécie de governança mundial ambientalista, ou governo arbitrário verde, por cima dos países soberanos.
A ocasião foi propícia para anúncios demagógicos, sobretudo se servirem para precipitar os governos no mau caminho, ou na estrada verde.
Naquele contexto, a Sérvia anunciou objetivos “exemplares” em matéria de corte de emissões de CO2. Mas, como esses são inviáveis, as fraudes oficiais se multiplicaram.
O plano “exemplar” da Sérvia só produziria o contrário do que anunciava: aumentararia em 15% as emissões de CO2, segundo denunciou o jornal “The Guardian”, jornal que aderiu à campanha 'desinvestimentista', referido pela agência também ‘desinvestimentista’ VoxEurop.
O trapaceiro compromisso climático anunciado pela Sérvia foi aclamado pela Comissão Europeia como um passo “exemplar” para os demais países da União Europeia.
Faire flèche de tout bois, diz o adágio francês... Inventar pretextos com base em qualquer coisa...
Termoelétricas a carvão em Kostolac estão no centro do espalhafatoso e falso anúncio.
Mas, se a tecnologia é da China, tudo bem....
Belgrado anunciou que em relação a 1990 – quer dizer, à era soviética – até 2030 reduzirá 9,8% de suas emissões de CO2. O aplaudido anúncio foi feito na presença do vice-presidente da Comissão Europeia e comissário da União energética, Maroš Šefčovič.
Na realidade, as emissões de CO2 na Sérvia já diminuíram 25% desde 1990, devido ao colapso da vetusta indústria pesada remanente da era comunista.
Assim, somando e subtraindo, o enganoso anúncio dizia na prática que a Sérvia iria aumentar 15,3% a emissão do incompreensivelmente denegrido CO2. O aumento do CO2 é ótimo para o meio ambiente, especialmente para os vegetais. Mas o fanatismo verde demonizou esse gás da vida.
Fontes da UE reconheceram que a trapaça da Sérvia ainda pode ser maior, pois os valores de 1990 incluíam centrais a carvão de um território disputado – o Kosovo – que não serão computadas em 2030.
Mas o vice-presidente da Comissão Europeia louvou a proposta e prometeu apoiar a candidatura Sérvia de adesão à UE, cujos países-membros se comprometeram a reduzir as emissões de CO2 em 40% até 2030.
“O vosso sucesso atual, na adoção das contribuições previstas e determinadas em nível nacional, constitui um passo exemplar”, enalteceu ainda o líder da UE.
O comissário da UE para o Clima, Miguel Arias Cañete, também incensou a enganação de Belgrado, acrescentando que a Sérvia deu provas de “liderança na região” e que o “exemplo” – não se sabe se é o da fraude – devia ser rapidamente imitado pelos vizinhos.
“A proposta sérvia é uma anedota, mas agora que a Comissão diz que é um passo exemplar para a adesão à UE, ninguém ri”, comentou Garret Tankosić-Kelly, responsável do think thank bósnio SEE Change Net, também membro da confraria verde.
“Como é que o resto do mundo pode levar a sério as propostas da UE relativamente ao clima, quando podemos demonstrar que esta permite que os países candidatos à adesão manipulem os dados das suas políticas climáticas na esperança de que ninguém repare?”, perguntou.
“É uma espécie de manipulação”, disse uma fonte da UE.
A Sérvia está fortemente engajada na construção de centrais a carvão – essas sim produtoras de gases poluentes –, para substituir as periclitantes infraestruturas comunistas.
Ela havia assinado um acordo de 600 milhões de dólares com a China, o maior poluidor do planeta, para construir uma nova central em Kostolac.
Mas não houve qualquer protesto dos heróis ‘salvadores do Planeta’. Quando a imagem do socialismo ou do comunismo pode ser lanhada em algo, os ambientalistas radicais guardam obsequioso silêncio.
Esses silenciosos arrebentam em aplausos quando alguém anuncia que se jogou no abismo da utopia anticivilizatória, ainda que seja mentindo.
O importante para eles é que o mundo ex-cristão corra para a depauperação geral.
Essa impostação contra a civilização e a cultura de países cristãos explica a hostilidade contra o Brasil quando se fala que pode sair do escravizador Acordo de Paris no próximo governo.
Essa é uma decisão que qualquer país livre por meio de suas autoridade legítimas pode -- e até deveria -- fazer sem ser demonizado.
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