Era final de 2010 quando o mundo assistiu a uma série de revoltas populares nos países do Oriente Médio e do Norte da África. Insatisfeita com a situação política, a população foi às ruas exigir reformas e a queda dos governantes. Um grande levante popular espontâneo? Não na avaliação de
Luiz Alberto Moniz Bandeira, professor de
Relações Internacionais que lançou recentemente o livro
A Segunda Guerra Fria. Na obra ele defende que os Estados Unidos estiveram por trás dos protestos, como parte de um plano para garantir a hegemonia política na região. Em entrevista à Gazeta do Povo, Moniz Bandeira explica essa tese e fala também da guerra na Síria e do
acordo nuclear do Irã.
Em seu livro o senhor defende que as revoltas da Primavera Árabe não foram espontâneas, mas estimuladas pelos Estados Unidos. De que forma isso aconteceu?