Uma escola pública, a K-12 Christian, em Alberta, no Canadá, foi informada a parar de ensinar certas partes da Bíblia, que podem ser consideradas "ofensivas" por certos grupos de pessoas. A Cornerstone Christian Academy (CCA) recebeu um aviso da Battle River School Division (BRSD) para interromper a referência a várias partes da Escritura na Bíblia, alegando que essas passagens violam os direitos humanos fundamentais. Laurie Skori, a presidente da diretoria da CCA disse ao site National Post que a BRSD "quebrou nossa confiança" conversando com a mídia. Ela também disse que esta questão foi feita apenas para "criar controvérsia".
A passagem ofensiva vem de Corinthians 6: 9-10, que diz: "Acaso não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis; nem fornicários, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbedos, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." Em algumas versões, o termo "efeminado" foi substituído por "homens que têm relações sexuais com outros homens".
Em uma troca rápida de e-mails entre as duas partes envolvidas, a diretoria da escola concluiu que a escola deveria remover "qualquer escritura que pudesse ser considerada ofensiva a indivíduos particulares ... [particularmente] qualquer ensinamento que denigre ou difame a orientação sexual de alguém". Além disso, esses textos "não devem ser lidos ou estudados na escola".
Battle River School Division
A história tornou-se notícia internacional, com muitos cidadãos alegando que tal resposta violou sua liberdade de expressão e os direitos dos pais de criarem seus filhos em qualquer crença que eles escolham. John Carpay, presidente do Centro de Justiça para a Liberdade Constitucional (JCCF), escreveu em uma declaração de resposta que "os curadores gozam do direito legal de enviar seus próprios filhos para várias escolas que se alinham com as crenças e convicções dos pais. Mas esses curadores não têm o direito de impor a sua ideologia em escolas com as quais eles não concordam". A presidente da CCA, Deanna Margel, concordou, dizendo que o ensino da Escritura não pode ser algo que as pessoas simplesmente "escolham". Margel enfatizou a importância de ler os textos religiosos na sua totalidade, mesmo que alguns aspectos possam desafiar as sensibilidades convencionais.
"Precisamos de cada uma das palavras para desafiar-nos, para nos chamar a uma maior compreensão. Isso é muito importante", disse ela. "Estamos falando da liberdade de religião, mas também falamos sobre a liberdade de expressão".
A porta-voz da BSRD, Diane Hutchinson, disse que o conselho foi obrigado a tomar tal decisão após várias cláusulas sobre proteção de gênero e minorias sexuais que foram incluídas na Lei de Direitos Humanos de Alberta no final de 2015. Hutchinson argumentou que a questão não era a censura religiosa, mas a compaixão estendeu para a comunidade LGBTTQQIAAP (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, queer, questionadores, intersexuais, assexuais ou aliados - simpatizantes na lusofonia -, pansexuais). Ela concentrou-se na crescente conscientização e sensibilidade que a sociedade dá às minorias sexuais e conclui que essa questão está sendo maior do que precisa ser.
Leia também: Ateus Obrigam Escola Pública a Remover Imagem de Jesus Cristo
Dito isto, a CCA procurou a ajuda da JCCF que emitiu uma carta de oito páginas para o conselho. A carta supostamente esboçava como essa proibição - com boa intenção ou não - era "injustificada" e "irrealista".
"O dever de neutralidade do governo, exigido pelo Supremo Tribunal do Canadá, significa que um conselho escolar não pode determinar se os versículos da Torá, do Alcorão, do Novo Testamento ou do Guru Granth Sahib são aceitáveis", afirmou Carpay.
Os membros da BSRD ficaram tocados, no entanto, e enviaram um e-mail de resposta menos de oito horas depois reafirmando a decisão do Conselho. Na verdade, o Conselho passou a afirmar que eles teriam uma "discussão franca" sobre se a CCA era capaz de acatar e respeitar as cláusulas e diretrizes estipuladas por eles. Hutchinson ainda esclareceu que isso não significaria proibir versículos específicos da Bíblia da sala de aula, mas estabelecer certos limites e se CCA poderia viver com isso.
No entanto, se esse argumento se revelar insatisfatório para ambas as partes, a CCA talvez precise encontrar uma nova direção escolar em breve. Isso aumenta a pressão no diálogo já aquecido, uma vez que nenhuma das partes quer dividir no meio do ano.
Leia mais:
[Agenda Gay] Homossexuais dos EUA Pedem a Eliminação dos Termos "Menino" e "Menina" nas Escolas
- Natural News: Freedom has died in Canada: Christian school ordered to stop teaching parts of the “offensive” Bible
- Freedom Project Media: Christian School Ordered to Stop Teaching “Offensive” Bible
- National Post: 'You can't just pick and choose': Alberta Christian school fights board request to remove 'offensive' scripture
Nenhum comentário:
Postar um comentário