Em recente editorial, a “Folha de S.Paulo” (24.8.2010), sob o título “Fraudes contra a ciência” apontou “dois casos rumorosos de má conduta que puseram em evidência a necessidade de vigiar de perto a pesquisa científica, em especial quando financiada com verbas públicas”.
O mais recente envolve Marc Hauser, da Universidade Harvard (EUA), renomado pesquisador das origens da moral no homem e noutros primatas.
“A universidade concluiu, após três anos de investigação, que Hauser é culpado em oito casos de má conduta, dos quais não se conhecem os detalhes. A acusação abrange de deslizes menores a fraudes com dados”, acrescentou a editorial.
A irregularidade, infelizmente, acontece com relativa freqüência nas áreas do evolucionismo.
Sobre o segundo caso, a “Folha” diz: “O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) também se viu envolvido, no final de 2009, em acusações análogas. Erros localizados em um influente relatório de 2007 terminaram reconhecidos e corrigidos, mas só após intensa pressão."
“Bem mais graves eram as suspeitas levantadas por mensagens eletrônicas trocadas por climatologistas do IPCC, no chamado 'climagate'".
“Haveria ali, na correspondência furtada e vazada, indicações de que manipulavam dados e boicotavam estudos dos cientistas céticos quanto ao papel da atividade humana no aquecimento global. Três comitês independentes inocentaram os cientistas das acusações mais pesadas. As últimas conclusões são aguardadas para o final deste mês”.
A “Folha” cita que nos EUA, investigaram-se oficialmente 217 casos em 2009, e acrescenta:
“Seria ingênuo supor que fenômeno similar não esteja em curso no Brasil. Instituições de pesquisa já deram mostras de que relutam em investigar a fundo e de forma transparente os poucos casos que vêm à tona, como plágios detectados na maior delas, a USP".
“Agências estatais de fomento como CNPq, Capes e Fapesp (para citar as mais destacadas) deveriam tomar a frente e criar equipes para investigar, por amostragem, a qualidade dos dados e conclusões dos estudos que financiam”.
Estas oportunas observações, entretanto, omitem o mais grave e mais atual problema envolvido nas deformações do IPCC e de outros “catastrofistas”.
Falhas ou fraudes humanas, culpadas ou não, podem acontecer em qualquer época, como a fraude do homem de Piltdown, perpetrada pelo teólogo evolucionista Pe. Teilhard de Chardin SJ no início do século XX.
Mas, o mais grave na nossa época é a deturpação dos dados da ciência com finalidades ideológicas, visando impor a nível planetário um sistema universalmente fracassado: o socialismo.
Tendo falido a versão soviética, os mais atualizados adeptos do socialismo procuraram na linguagem “verde” um travestimento para sua ideologia anti-natural.
A manobra não teria futuro se não fosse a repercussão que esses ativistas obtiveram na imprensa.
Gostaríamos de ler nos mesmos jornais e portais uma crítica oportuna e prudente dessa manipulação.
Essa mesma prudência gostaríamos ver na apresentação do noticiário sobre as matérias científicas ‒ aliás, tão importantes ‒ que essa ideologia encapuzada ‒ socialista, comunista, ou anarquista ‒ envenena com sistemática freqüência.
Fontes:
Blog ecologia-clima-aquecimento: Só a má conduta científica é deplorável? E a manipulação ideológica?
Folha de São Paulo Editorial: Fraudes contra a ciência (clipping do STJ)
2 comentários:
"procuraram na linguagem “verde” um travestimento para sua ideologia anti-natural"
por acaso natural é o capitalismo?
muito interessante a matéria, mas teve um final no mínimo infeliz, ou melhor, reacionário, conservador, neoliberal e de direita.
viva o establishment!
Meu amigo anônimo, o melhor sistema que nos já tivemos no mundo foi a democracia capitalista. Sugiro que estude a história dos EUA e o trabalho do Olavo de Carvalho para entender porque.
Não precisa concordar com o sistema no todo, mas ele garante o mais importante: a liberdade de expressão.
Os EUA e o Brasil não são países capitalistas há muito tempo. Altos impostos e monopólios de grande corporações são característica típicas do socialismo e muito anti-democráticas.
Para um pais ser realmente capitalista o povo precisa ser incentivado a abrir o próprio negocio. E o que ocorre aqui e nos EUA é o contrário, os altos impostos que nos temos que pagar a troco de nada são uma inibição; enquanto grandes empresas recebem grandes benefícios do governo com dinheiro dos nossos impostos. Enfim, nos estamos vivendo a própria definição de economia socialista. Socialismo é isso, o governo que controla o seu dinheiro "para fazer caridade".
Agora, quem discorda de mim é porque nunca estudou Karl Marx. O próprio Karl Marx recomendava altas de taxas de impostos.
Postar um comentário