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Estudo de pesquisadores franceses, publicado no BMJ (Jornal Britânico de Medicina), mostra que o uso intenso de telefones celulares podem triplicar o risco de câncer de cérebro.
Questionamentos continuam a surgir sobre os telefones celulares e a sua contribuição para certos tipos de câncer. Mesmo o Instituto Nacional do Câncer (NCI) levantou alguma preocupação sobre o extenso uso de telefone celular. O NCI explica que os telefones celulares emitem energia de radiofrequência, na forma de radiação não-ionizante. Em outras palavras, um telefone celular basicamente dispara as ondas de rádio que são absorvidas pelos tecidos mais próximos do corpo. Se uma pessoa carrega um telefone em seu bolso durante todo o dia, a energia pode ser absorvida pela lateral e barriga da pessoa.
Como é que esta energia afetam as células ao longo do tempo?
Será que esta exposição constante interrompe os processos celulares, especialmente quando esta exposição acontece perto do cérebro?
Enquanto o NCI diz que a radiação não-ionizante de um telefone celular não foi comprovada como tendo atividade carcinogênica, outros estudos podem provar o contrário.
Mais de 15 horas de uso do telefone celular por mês pode triplicar risco de câncer de cérebro
Cientistas franceses agora estão relatando sobre um novo estudo de coorte, mostrando como o extenso uso do telefone celular pode aumentar o risco de câncer no cérebro. O estudo, incluso na mais recente edição da revista científica britânica Occupational and Environmental Medicine, constatou que o riscos de câncer de cérebro triplicou em indivíduos que usam seus telefones mais de 15 horas por mês.
Este estudo coincide com um relatório de 2011 feito pela International Agency for Research on Cancer mostrando como telefones celulares emitem campos de radiofrequência que são capazes de possuir atividade carcinogênica em algumas pessoas.
Neste novo estudo francês, os tumores cerebrais de glioma e meningioma ocorreram com uma frequência três vezes maior do que o normal em pacientes que usaram seus telefones celulares extensivamente em suas carreiras e atividades do dia-a-dia.
“Nosso estudo é parte dessa tendência, mas os resultados têm de ser confirmados", disse Isabelle Baldi, da Universidade de Bordeaux, no sudoeste da França, que participou do estudo.
Céticos em relação ao estudo acreditam que os resultados não podem ser confirmados e não incluem uma imagem precisa do uso do telefone na vida real, incluindo fatores como o tabagismo. Além disso, a relação entre o uso de telefone celular e o câncer nunca foi estabelecido no estudo de coorte. Também, como a tecnologia de telefonia evolui, diferentes níveis de radioatividade são emitidos por telefones diferentes, fazendo com que a conexão com o câncer seja quase impossível de fazer .
O estudo até mesmo reconheceu isto: “A rápida evolução da tecnologia levou a um aumento considerável no uso de telefones celulares e uma diminuição paralela de [intensidade de ondas de rádio] emitida pelos telefones.”
“É difícil definir um nível de risco, se houver, especialmente enquanto tecnologia de telefonia móvel está em constante evolução.”
Taxas de tumor três vezes maior para aqueles com carreiras que exigem extenso uso de telefone celular
No estudo, vários grupos diferentes de pessoas foram acompanhadas ao longo do tempo, enquanto o uso do telefone celular foi dividido entre os grupos. No estudo, 253 casos de glioma e 194 casos de meningioma foram investigados entre 2004 e 2006. Os estilos de vida dos pacientes foram comparados com 892 indivíduos saudáveis (de controle) da população em geral. Os pesquisadores examinaram o uso de telefone celular de todos os indivíduos em um período de dois a dez anos, com um período médio de observação de cinco anos. Depois de analisar os dados de incidência de câncer, os pesquisadores encontraram resultados surpreendentes.
Em média, pacientes com glioma e meningioma usavam seus telefones celulares mais extensivamente para fins de carreira e estilo de vida. Aqueles que trabalham com vendas foram os que mais usaram seus telefones, o que provavelmente contribuiu para uma maior prevalência de câncer no cérebro.
Maior risco durante o uso de telefone celular antes dos 20 anos
Os resultados correlacionam-se com um outro estudo de coorte sueco entre 1997 e 2003 que mostraram o aumento do risco de glioma com o uso cumulativo de telefone celular. Os questionários que investigam o uso de telefone celular a partir de 1251 pacientes com câncer cerebral e 2.438 controladamente saudáveis mostraram um aumento do risco de glioma em pacientes primeiramente usaram telefones celulares antes dos 20 anos de idade. Possivelmente, o maior risco de câncer de cérebro do uso do telefone celular é baseado tanto no uso prolongado (mais de 15 horas por semana) quanto no uso começando em uma idade precoce.
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Fontes:
- Notícias Naturais: Uso de Extensivo de Telefone Celular Pode Triplicar Risco de Câncer de Cérebro
- Natural News: Extensive cell phone use can triple brain cancer risk
- The Guardian: Intensive mobile phone users at higher risk of brain cancers, says study
- NCBI: Pooled analysis of case-control studies on malignant brain tumours and the use of mobile and cordless phones including living and deceased subjects
- Science Natural News: Scientific studies on brain cancer
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