A COP21, ou Convenção do Clima das Nações Unidas – Conferência das Partes, vai começar numa atmosfera enrarecida pelos atentados islâmicos que enlutaram a França.
Mas o fundamentalismo verde não manifesta intenções de parar.
As negociações preliminares para redigir o acordo que será submetido à aprovação na COP21 desenharam a criação de um Fundo Climático Verde (Green Climate Fund) que deverá tirar anualmente 100 bilhões de dólares dos países “ricos” por volta do ano 2020.
Isso é apenas um piso. Como as metas almejadas pelos promotores da COP21 são fantasiosas e inalcançáveis, esse Fundo vai exigir sempre mais e mais.
Obviamente, quererá tirar esses capitais dos “predadores” capitalistas, emissores de CO2, aquecedores do planeta, e mais outros slogans depreciativos cunhados pela militância socialista-verde.
O Fundo terá oficialmente um objetivo: subsidiar energias alternativas e financiar programas de desenvolvimento ecologicamente corretos nos países pobres.
Como as energias preferidas nos conciliábulos verde-vermelhos (eólicas, painéis solares, além de outras ainda envoltas em fraldas) e os projetos ecotribalistas não produzem algo digno de elogio, os países pobres “beneficiados” não sairão da pobreza.
Resultado: o Fundo Climático Verde extorquirá dos “ricos capitalistas” quantias cada vez mais astronômicas, sob pena de eles serem conduzidos perante o futuro Tribunal Internacional de Justiça Climática, onde a sua sentença está assinada há tempos.
Porém, muitos países em desenvolvimento, notadamente da África, não querem saber de promessas insensatas.
Eles já perceberam que seu nível de vida melhorou enormemente pela aplicação dos métodos produtivos do capitalismo privado, usando centrais energéticas movidas a carvão, petróleo, gás e nuclear.
Os países pobres pedem energia abundante, barata e estável para sair da pobreza, e não quebra-galhos.
Para dito Fundo, até agora 37 países “ricos” prometeram apenas 10 bilhões de dólares, sendo os EUA o maior doador.
A China, tida como superpotência econômica que desafia comercialmente os EUA, apresentou uma embaralhada proposta, mais parecida com um empréstimo, sem avançar número algum. Caiu fora. Que os bobos paguem. A Rússia não tem sequer para si própria.
O Japão ofereceu 1,5 bilhões a esse Fundo Climático Verde, composto em boa parte por empréstimos de seu governo a empresas japonesas que constroem termoelétricas movidas a carvão no sudeste asiático.
Positivamente, não é o que querem os assanhados sonhadores da utopia planetária verde-tribalista.
Mas, se esse dinheiro aparecer, o Fundo não poderia auxiliar os países “pobres”? É a pergunta que fizeram Nicolas Loris, economista especializado em questões de energia e meio ambiente, e Katie Tubb, pesquisadora do Thomas A. Roe Institute for Economic Policy Studies. Os dois trabalham na The Heritage Foundation.
Os autores partem do fato básico lembrado por Adam Smith em seu famoso ensaio A riqueza das nações, no qual ele constata o dado mais elementar: um país não é rico porque acumulou moedinhas, mas porque seu povo se enriqueceu trabalhando metodicamente em proveito próprio.
O desejo de progredir e de melhorar inspira ideias inovadoras, incrementa a produtividade e gera um tremendo volume de riquezas que se espalham por toda a sociedade.
Para isso, é indispensável a livre iniciativa, o Estado de Direito e a propriedade privada. Esses fundamentos permitem aos países lidar com desastres naturais ou mudanças climáticas, quaisquer que sejam as suas causas.
Mas tais fundamentos são ignorados em muitos países em desenvolvimento. E são até combatidos por regimes populistas socialistas, ideologicamente insensíveis ao bem de seus países. O PT exemplifica bem o caso com tudo o que vem fazendo para tentar afundar o Brasil.
Prakash Javadekar, ministro de Meio Ambiente da Índia:
“Enquanto nós não erradicarmos a pobreza,
não podemos tratar sinceramente da mudança climática”
Para verdadeiramente deixar para trás a pobreza são necessários esses princípios, e não teorias sobre mudança climática.
O ministro de Meio Ambiente da Índia, Prakash Javadekar, deixou isso bem claro: “Enquanto nós não solucionarmos nem erradicarmos a pobreza, não podemos tratar sinceramente da mudança climática”.
Não surpreende, pois, que cidadãos indianos tenham se revoltado contra os projetos de Greenpeace que levavam energia solar cara e intermitente a regiões que nunca tiveram eletricidade.
“Queremos eletricidade deveras, e não eletricidade fictícia!”, reclamaram eles.
Obama prometeu bilhões de dólares para os países “pobres” combaterem as mudanças climáticas, mas não para que possam ter uma fonte abundante e estável de energia. Assim, eles nunca vão melhorar.
Por isso, acrescentam Loris e Tubb, o nome melhor para o Protocolo de Paris seria Protocolo de Transferência das Riquezas das Nações.
O novo nome parece fadado a não ser aceito. E apesar de mais colado à realidade, cheira demais a luta de classes planetária de essência marxista.
A verdade é que, com a instituição do Fundo Climático Verde, os “pobres” se verão impossibilitados de sair da pobreza, e os “ricos” serão empurrados para uma crescente queda do nível de vida.
Já de início, decaindo do carro para a bicicleta e do churrasco para o bife de minhoca. E, isto sim, pagando cada vez mais impostos “verdes” e totalitários.
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