Várias dezenas de organizações não comerciais e ativistas de direitos humanos têm processado a transnacional biotecnológica Monsanto por crimes contra a humanidade e ecocídio, a qual terá que enfrentar um julgamento em tribunal internacional de La Haya em outubro do próximo ano.
O anúncio do julgamento foi realizado em uma conferência de imprensa na COP21 que está sendo realizado em Paris, informou a defensora ecológica e sanitária OCA.
Segundo os demandantes, a Monsanto vem desenvolvendo desde o início do século XX produtos tóxicos que estão causando um dano irreparável ao meio ambiente e à saúde humana.
Entre as substâncias se encontra o Roundup, um herbicida altamente tóxico mais utilizado no mundo; bifenilos policlorados, um contaminante orgânico persistente que afeta a fertilidade humana e animal; Lasso, um herbicida que agora está proibido na Europa; e o 2,4,5-T, um dos componentes do Agente Laranja que foi empregado pelo exército americano durante a guerra do Vietnã, causando má formações congênitas e câncer.
Entre 12 e 16 de outubro de 2016 está previsto o julgamento após o tribunal de la Haya estudar os fatos que imputam a americana Monsanto.
O julgamento se baseará nos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos, adotados pela ONU em 2011. Entre os demandante se encontram a OCA, IFOAM Internacional Organics, Navdanya, Regeneration International e Millions Against Monsanto, entre outros grupos.
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