Foi recentemente revelado que a empresa de pesquisa Cambridge Analytica coletou secretamente os dados e informações privadas de 50 milhões de usuários do Facebook para determinar seus padrões de votação baseados na personalidade. A revelação chocante levou milhões de usuários da Internet a entrar no Twitter e participar da campanha #DeleteFacebook, pedindo que os outros se livrem de sua conta do Facebook para sempre.


Acontece que o Facebook já está começando a sentir os efeitos negativos desse boicote. Conforme relatado pelo site Newsweek, “as ações do Facebook caíram mais de 6%, cortando mais de US$ 30 bilhões da avaliação da empresa”. Mesmo a carteira de Mark Zuckerberg não é segura - segundo a Forbes, seu patrimônio pessoal caiu impressionantes US$ 5 bilhões. Isto é exatamente o que acontece quando você diz ao povo que você está executando um site de mídia social, quando, na verdade, você está executando uma organização de vigilância que espiona os usuários sem o seu conhecimento ou consentimento.

Para piorar ainda mais, um ex-gerente de operações da plataforma Facebook chamado Sandy Parakilas deu um passo à frente, alegando que a empresa participava rotineiramente do uso horrível de dados de usuários, e que o Facebook na verdade preferia não ter a menor ideia do que as partes estavam fazendo com a informação que lhes foi dada.

“Minha preocupação era que todos os dados que deixavam os servidores do Facebook para os desenvolvedores não pudessem ser monitorados pelo Facebook, por isso não tínhamos ideia do que os desenvolvedores estavam fazendo com os dados”, explicou Parakilas. "Tem sido doloroso assistir... Porque eu sei que eles poderiam ter evitado isso." Ele acrescentou que uma vez que as informações foram divulgadas para terceiros, não havia "nenhuma ideia do que estava acontecendo", o que colocou o Facebook em uma posição legal melhor, porque eles poderiam alegar que não estavam cientes de qualquer abuso ou manuseio incorreto de dados.

Mas esse ex-funcionário do Facebook não é o único que criticou a gigante da mídia social recentemente. Alguns dias atrás, o denunciante da CIA, Edward Snowden, usou o Twitter para lançar um ataque violento contra Zuckerberg, sua equipe, e como eles administram o negócio: “Empresas que ganham dinheiro coletando e vendendo registros detalhados de vidas privadas são descritas claramente como 'empresas de vigilância'", escreveu o ex-contratado da Agência de Segurança Nacional. "Sua nova imagem como 'mídia social' é o engano mais bem sucedido desde que o Departamento de Guerra se tornou o Departamento de Defesa". Snowden acusou o Facebook de ganhar dinheiro “explorando e vendendo detalhes íntimos” sobre a vida privada de milhões de pessoas, muito além dos poucos detalhes que você publica voluntariamente.

Acima de tudo, isso é uma questão de liberdade. A Quarta Emenda da Constituição foi posta em prática a fim de defender o povo americano desse tipo de abuso, e além disso, seu propósito era impedir que o governo e as instituições dos EUA se movessem na direção da tirania. Se empresas como o Facebook realmente respeitassem a Constituição, nada disso estaria acontecendo.

O que muitas vezes acontece, infelizmente, é que a liberdade e os direitos de privacidade do povo americano são descartados em nome do lucro. As chances são de Mark Zuckerberg e sua equipe não verem nada de errado em infringir os direitos de usuários da Quarta Emenda e vender suas informações - sem o seu conhecimento e consentimento - a terceiros por dinheiro. O povo americano precisa deixar que gigantes da mídia social como o Facebook saibam que sua capacidade de lucrar não supera nossas liberdades constitucionais; caso contrário, esse abuso continuará.

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Snowden: O Facebook é uma "Empresa de Vigilância" que Coleta e Vende Dados dos Usuários
Fontes:
- NewsTarget: #DeleteFacebook and eliminate this social media “spy network” from your life… forever
- Daily Wire: Why Is #DeleteFacebook Trending On Twitter?
- Breitbart: Former Employee: ‘Horrifying’ Misuse of User Data Was Routine at Facebook