Dado o que sabemos sobre os graves danos causados pelo herbicida glifosato à saúde humana e ao meio ambiente, é desconcertante que um produto tão tóxico possa ser vendido. Agora, a Alemanha encontrou a coragem de colocar o pé no chão, enfrentando emprmesas poderosas e ameaçadoras como a fabricante do Roundup, Monsanto, e proibindo o uso de glifosato em parques, instalações esportivas e hortas domésticas, enquanto restringe severamente seu uso na agricultura.
Enquanto se debate na Europa sobre se o ingrediente causa ou não o câncer - inúmeros estudos científicos confiáveis e a Organização Mundial de Saúde certamente pensam assim - a Alemanha não está se arriscando com a saúde de seus cidadãos. A ministra da Agricultura do país, Julia Kloeckner, disse que estava terminando o projeto de regulamento.
Embora nenhum prazo específico foi definido ainda, a Ministra do Meio Ambiente Svenja Schulze está com o objetivo de parar o seu uso até 2021. Schulze disse: “Precisamos de uma saída total do glifosato durante este período legislativo. O glifosato mata tudo o que é verde, privando os insetos de sua fonte de alimento.”
O homem que anteriormente ocupava o cargo de Kloeckner, Christian Schmidt, causou uma séria reviravolta internacional e dentro da coalizão alemã anterior, quando inesperadamente apoiou uma proposta da Comissão Europeia de permitir que o glifosato fosse usado nos próximos cinco anos. Isso teve o efeito de permitir que o uso do glifosato fosse estendido na União Europeia, embora a França e o Partido Social-Democrata tivessem contestado.
Embora Kloeckner tenha caracterizado as novas restrições ao uso do glifosato na agricultura no país como "massivas", há uma disposição para isentar áreas propensas à erosão e que não podem ser trabalhadas com maquinário pesado.
O glifosato é o herbicida mais vendido no mundo, e é usado para tratar cerca de 40% das terras cultivadas na Alemanha. Há mais de 40 anos no mercado, ele tem sido cada vez mais investigado por sua conexão com problemas de saúde e danos ambientais. Em 2015, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que faz parte da Organização Mundial da Saúde, o classificou como provável cancerígeno.
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EUA devem seguir o exemplo da Alemanha
Só podemos esperar que outros países sigam o exemplo da Alemanha. Os EUA ainda estão em grande parte fazendo vista grossa aos perigos do glifosato, graças em grande parte ao intenso lobby da Monsanto para manter seus produtos nas prateleiras das lojas. A teimosa EPA se recusa a proibir o produto químico, e foi recentemente revelado que eles sabiam sobre a carcinogenicidade do glifosato por pelo menos 35 anos e ajudaram a encobri-lo. Os memorandos da EPA que foram descobertos recentemente mostraram que a EPA sabia, em 1980, que o ingrediente causava tumores malignos, problemas renais e hiperplasia, mas suprimiu as descobertas a pedido da Monsanto.
A exposição ao glifosato tem sido associada a problemas como melanoma, câncer ósseo, câncer de fígado, câncer de tireoide, câncer de pâncreas e linfoma não-Hodgkin. Atualmente, a Monsanto se depara com uma série de processos em nome de pessoas diagnosticadas com câncer como resultado da exposição ao glifosato, e é inconcebível pensar que uma agência destinada a nos proteger e ao nosso meio ambiente é tão facilmente influenciada a fazer exatamente o oposto. É claro que há muito dinheiro em jogo, com o Roundup fazendo 994 milhões de dólares em vendas líquidas para a Monsanto de 2013 a 2014.
Embora a medida possa tornar os produtos alemães mais seguros e salvar as vidas de trabalhadores agrícolas e de pessoas que vivem perto de fazendas, aqueles de nós que vivem onde o produto químico ainda é permitido terão que ser pró-ativos sobre cultivar nosso próprio alimento ou buscar fontes confiáveis de frutas e vegetais orgânicos.
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- Natural News: Germany to halt weed killer glyphosate use in household gardens, parks, and sports facilities
- Reuters: Germany moving ahead with plans to restrict weed-killer glyphosate
- Eco Watch: Germany to Put 'Massive Restrictions' on Monsanto Weedkiller
- Natural News: EPA and Monsanto covered up glyphosate-cancer connection for decades
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