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A Guerra Soft da OTAN contra a Rússia

sexta-feira, 2 de maio de 2014 | 0 comentários |
https://anovaordemmundial.com/2014/05/a-guerra-soft-da-otan-contra-russia.html

Pobre OTAN. Malditos soviéticos. A generosa Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) gastou duas décadas “tentando construir uma parceria” com a Rússia. Mas agora, “claramente os russos declararam a OTAN adversária deles. Assim sendo, temos de começar a ver a Rússia, não mais como parceira, como adversária” – nas palavras do vice-secretário-geral da OTAN, Alexander Vershbow, ex-diplomata norte-americano/empregado do Pentágono.

A lava ardente que pinga da boca de um abutre do Pentágono, a gemer que “a Rússia claramente está tentando reimpor a hegemonia”, é de dar vergonha no Vesúvio. Mas é só uma virada menor de roteiro, em Os Descartáveis (filme), [1] da OTAN.

A OTAN – ainda no processo de ser diariamente humilhada, humilhação épica, por um bando de pashtuns armados com Kalashnikovs no Afeganistão – começa agora a considerar “novas medidas defensivas” para deter a “Rússia-do-mal” e impedir que “agrida” membros da OTAN, principalmente os estados do Báltico. E implicará deslocar “número mais substancial de forças de combate aliadas para a Europa Oriental” – principalmente para a Polônia. Permanentemente. Ou, em pentagonês: “em rotação semipermanente de unidades em treinamento”. Como se ainda restasse alguma dúvida de que a Guerra Fria 2.0 aqui está para ficar.

A OTAN vai “debater” a questão – àquela maneira lá dela, de só agir em lama densa –, durante o verão; e os resultados serão anunciados numa reunião no País de Gales, em setembro, presidida por Imperador Barack Obama, em pessoa.
 
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