A lista dos gases com efeito estufa continua  aumentando, a mais nova substância é a perfluorotributilamina (PFTBA) que tem um potencial para o aquecimento global 7100 vezes maior do que o dióxido de carbono, o principal gás lançado pelas atividades humanas responsável pelas alterações climáticas. O novo estudo foi publicado na revista Geophysical Research Letters. Mais um gás para justificarem a farsa do Aquecimento Global Antropogênico?

O clima ameno da Terra deve-se, em parte, aos gases com efeito estufa que retêm o calor vindo do Sol e que é refletido na superfície do solo. Mas este calor retido depende da quantidade e do tipo de gases que existem na atmosfera.

O vapor de água é o gás mais importante para este efeito estufa, mas o seu balanço não é diretamente afetado pela ação humana. Com a revolução industrial, o homem passou a lançar para a atmosfera quantidades enormes de dióxido de carbono, que está na segunda posição na lista de gases com maior efeito estufa e cuja concentração aumenta anualmente.


Há muitos mais gases que o homem tem lançado para atmosfera que também entram nesta equação. O metano é um deles, vindo em terceiro lugar na lista de gases responsáveis pelo efeito estufa. O potencial de aquecimento global em 100 anos do metano é 34: este valor tem como referência o dióxido de carbono – que é 1 – e significa que, ao fim de um século, uma molécula de metano tem um potencial de aquecimento global 34 vezes maior do que uma molécula de CO2.

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Este valor de 34 obtém-se com um balanço entre a capacidade de uma molécula de metano reter energia e o seu tempo médio de vida na atmosfera, e compara-se depois com uma molécula de dióxido de carbono. O metano retém muito mais energia do que o dióxido de carbono, mas “vive” menos tempo no ar.

Só que o impacto de cada gás no efeito estufa total acaba por depender da sua concentração na atmosfera. É por isso que o dióxido de carbono é o gás emitido pelo homem com maior efeito estufa. A concentração de CO2 na atmosfera é cerca de 190 vezes maior do que a do metano, e entre 1998 e 2005 injetou-se na atmosfera mais 1190 vezes CO2 do que metano.

Há outros gases com efeito estufa como o ozonio, o óxido nitroso, os clorofluorocarbonetos ou os perfluorcarbonetos, que têm potenciais de aquecimento global muito diferentes. Alguns perfluorcarbonetos, que são usados como solventes, têm potenciais de aquecimento globais superiores a 10.000. Mas existem em concentrações muito baixas.

O impacto do PFTBA no efeito estufa ainda não tinha sido avaliado. Este composto é utilizado desde meados do século XX na indústria elétrica e tem se acumulado na atmosfera em quantidades mínimas: por cada molécula de PFTBA existem 2200 milhões de moléculas de CO2. No entanto, a equipe de Angela Hong, da Universidade de Toronto, no Canadá, mediu a concentração de PFTBA em Toronto e concluiu que o seu potencial de aquecimento global em 100 anos é de 7100.

“De um ponto de vista climático, individualmente, a concentração atmosférica do PFTBA não é um alerta significativo para o fenômeno das alterações climáticas”, diz Angela Hong, citada pelo jornal britânico The Guardian. “O maior culpado continua a ser o dióxido de carbono vindo das emissões dos combustíveis fósseis.”

Mas os cientistas calcularam que este composto sobrevive na atmosfera durante 500 anos. Além disso, a capacidade da PFTBA de reter energia solar é a maior até agora encontrada numa molécula. “Cada molécula é muito eficiente em interagir com o calor da Terra. (…) E porque o seu tempo de vida é tão longo e tem um efeito duradouro”, diz a cientista. Os autores defendem no resumo do artigo que estas moléculas“são merecedoras de estudos futuros”.

Fontes:
- Publico: Descoberto efeito de estufa num gás que é 7100 vezes mais potente do que dióxido de carbono
- Geophysical Research Letters:  Perfluorotributylamine: A novel long-lived greenhouse gas