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O FBI por Muito Tempo Foi Autorizado a Ligar Webcams de Notebooks

domingo, 8 de dezembro de 2013 |

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Em um recente artigo do jornal The Washington Post, foi revelado que o FBI vem sendo  por vários anos autorizado a ativar secretamente a câmera do notebook de um alvo, "sem acionar a luz que permite que os usuários saibam que está gravando".

Embora isso possa ser surpreendente para alguns, realmente não deveria ser. Artigos anteriores revelaram que o FBI emprega hackers para criarem softwares para ativar remotamente os microfones em notebooks e telefones celulares, bem como câmeras. O governo dos EUA também se tornou o maior comprador mundial do malware. A NSA também recomendou remover fisicamente a webcam de notebooks da Apple por motivos de segurança.


Em agosto, o The Wall Street Journal informou que o FBI tem desenvolvido ferramentas de hacking como esta há mais de uma década, embora elas raramente são discutidas publicamente.

O The Washington Post cita Marcus Thomas, ex-diretor adjunto do Operational Technology Division in Quantico (Divisão de Tecnologia Operacional  do FBI em Quântico, Virgínia), que disse que a ativação remota de câmeras é utilizada principalmente em casos graves.

Thomas, que agora faz parte do conselho consultivo da Subsentio, uma empresa que ajuda empresas de telecomunicações a cumprir com as leis federais de escuta, disse ao The Post que a agência utiliza a técnica "principalmente em casos de terrorismo ou em investigações criminais mais sérias."

A medida que a tecnologia avança, o mesmo acontece com as técnicas de vigilância do FBI.

"Por causa da criptografia e porque os alvos estão cada vez mais usando dispositivos móveis, a aplicação da lei está percebendo que cada vez mais eles vão ter que estar no dispositivo - ou na nuvem", disse Thomas.

De fato, em janeiro deste ano, um relatório indicou que todos os dados armazenados em serviços de nuvem podem ser acessados pelo governo dos EUA sem um mandado.

No passado, um juiz federal rejeitou a tentativa do FBI de obter autorização para ativar a câmera do notebook de um suspeito. O juiz decidiu que era "extremamente intrusivo" e poderia ser uma violação à Quarta Emenda.

O juiz federal Stephen W. Smith também disse que o tribunal com sede no Texas não têm jurisdição para aprovar a pesquisa em um computador de um local desconhecido.

Ainda, outro magistrado federal aprovou o envio de software de vigilância a um alvo, embora não envolvesse ativação remota de uma câmera de computador.

O software de vigilância deu ao FBI um relato detalhado do computador do alvo - um fugitivo federal - incluindo o seu espaço no disco rígido, os chips usados ​​em seu computador e uma lista de programas instalados.

No caso que o The Post relatava, era informado que um indivíduo que se chama "Mo", provavelmente localizado no Teerã, fez uma série de ameaças de bomba.

O FBI obteve um mandado para enviar um software de vigilância para o computador de Mo quando ele entrasse em sua conta de e-mail do Yahoo, mas o programa "nunca realmente foi executado conforme planejado", de acordo com uma nota escrita à mão por um agente federal entregue ao tribunal.

Traduzido por Jahaísa e Admin

Fontes:
- End the Lie: FBI able to secretly turn on laptop cameras without triggering indicator light ‘for several years’
- Activist Post: FBI Able "For Several Years" To Secretly Turn On Laptop Cameras

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