A censura na Internet está cada vez maior e diariamente somam-se mais irregularidades. Atualmente, 67% da população mundial vive sob alguma classe de censura institucional da rede, segundo um estudo da Freedom House.
Pelo sexto ano consecutivo, reduziu-se a porcentagem de países que não colocam limitações a seus internautas.
Cada vez mais instituições estão perseguindo os usuários de redes sociais e de apps de comunicação para impedir a propagação de informação, especialmente de protestos contra o governo, destaca o texto.
A censura do Google, Facebook ou Twitter é algo tão habitual em países como a China, a qual conta com suas próprias versões de alguns destes serviços ou com versões censuradas especificamente para o país.
No entanto a perseguição aos usuários no WhatsApp ou Telegram, apps de mensagem que podem difundir informação de forma rápida e segura, aumentou durante 2016.
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"Além de restringir o acesso aos meios de comunicação social e aos aplicativos de comunicação, as autoridades estatais, frequentemente prendem os usuários por suas mensagens e o conteúdo destas (...). Os usuário de alguns países foram postos atrás das grades por um simples "Like" em material ofensivo no Facebook, ou por não denunciar mensagens críticas que outros lhe enviaram. As ofensas que levaram a prisões que variam de zombar da cachorra de estimação do rei da Tailândia até propagar o ateísmo na Arábia Saudita. O número de países onde ocorrem tais detenções aumentou em mais de 50% desde 2013", ressalta a publicação.
O estudo analisa 65 países e cobre 88% do total de internautas do mundo. Segundo aponta, a China encabeça a lista dos estados que mais censuram o conteúdo na Internet, seguida pela Síria e Irã, que compartilham o segundo posto.
No extremo oposto estão a Estônia, Islândia e o Canadá, como os países que mais permitem liberdade online segundo suas leis.
Por outro lado, países como o Brasil ou Turquia perderam seu status como países livres entre 2015 e 2016, ao endurecer suas leis e seu controle da Internet. O Brasil bloqueou o WhatsApp quando a empresa não cedeu os dados para investigações criminais, e a Turquia bloqueou várias redes sociais em momentos de tensão e protestos contra o governo.
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Ambos os países têm casos de jornalistas e blogueiros assassinados por fazer seu trabalho. "A censura das imagens - a diferença da palavra escrita - se intensificaram, provavelmente devido à facilidade com que os usuários podem compartilha-las agora, e o fato de que talvez sirvam como provas convincentes da má conduta oficial", diz a publicação.
O texto conclui enumerando os benefícios das ferramentas digitais, as que têm contribuído para salvar vidas em numerosas partes do planeta e fez um chamado "aos cidadãos do mundo todo para lutarem por seus direitos".
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