O britânico James Lovelock é uma espécie de patriarca ainda vivo do ambientalismo mais radical.
Ele cunhou a "hipótese Gaia", o mito que atribui à Terra o caráter de um ser vivo. A ideia é antiquíssima, muitos índios sul-americanos a explicariam melhor, como a superstição da Pachamama andina.
Mas Loveloch a revestiu de roupagens pseudo-científicas e o ambientalismo mundial a acolheu como a última palavra em matéria de profecia. E assim continua sendo.
Esse guru do ambientalismo impactou o mundo reconhecendo corajosamente que tinha errado adotando o catastrofismo climático. E ele repetiu declarações que convém sempre lembrar e q ajudam a por em seu lugar os mitos ambientalistas.
Lovelock não está sozinho nesta evolução de fanáticos do ambientalismo que forçados pela realidade corrigem pelo menos algum ponto de vista.
O patriarca Lovelock disse coisas que desgostaram a seus adeptos e, sobre tudo, a seus patrocinadores político-ideológicos.
Não espanta então que a grande mídia voltasse a silenciar as novas declarações de Lovelock, sobre tudo no Brasil que sedeou a Rio+20.
A própria Rio+20 prestigiada especialmente pelos governos de esquerda do mundo – com a ausência dos governantes mais prudentes – fingiu não tomar conhecimento.
“Nós nos jogamos pelas energias renováveis
sem nenhum tipo de reflexão”, disse Lovelock.
Foto: energia solar no deserto de Neguev, Israel.
Lovelock foi entrevistado por Leo Hickman, colunista para o meio ambiente do jornal de tendência socialista “The Guardian”, de Londres, no dia 6 de junho 2012. Há cinco anos portanto. Mas os fanáticos ambientalistas não se deram por aludidos.
Hickman publicou a transcrição completa da entrevista no dia 15 em seu “The environment blog, The Guardian, The world’s leading journalist on climate, energy and wildlife”.
Para Lovelock “o chamado ‘desenvolvimento sustentável’, é uma bobagem sem sentido”.
Ele defendeu que é menos absurdo do que esse talismã de que chegou a falar a Rio+20 pensar “no futuro cultivar dentro da cidade os alimentos necessários. É uma via a percorrer muito melhor que o chamado ‘desenvolvimento sustentável’, que é uma bobagem sem sentido”.
Na entrevista, defendeu o “fracking” tecnologia para tirar gás e petróleo fraturando camadas inferiores da terra e gerar a pressão que puxará para fora esses combustíveis de origem fóssil.
Uma blasfêmia horrorosa para os ambientalistas que cultuam Gaia!
Ele defendeu que é um método barato e rápido para se obter energia na quantidade necessária para manter o atual nível de vida.
Para maior ultrajem do fanatismo verde Lovelock reconheceu que a fonte de energia “boa” é a nuclear.
E tentou justificar seu passado dizendo:
“Nós nos jogamos pelas energias renováveis sem nenhum tipo de reflexão.
“E elas se mostraram de modo desesperançador ineficientes e desagradáveis.
“Eu, pessoalmente, não suporto as eólicas a qualquer preço.
“As energias tiradas da biomassa, solar, etc, todas elas trazem uma grande promessa, mas não estão disponíveis para amanhã, nem mesmo para daqui a 10 anos”.
“Energias como a eólica não estão disponíveis nem mesmo para daqui a 10 anos”
Lovelock há tempos vem sendo pressionado seus discípulos mais anti-capitalistas que exigem deles posições mais radicais.
“Os ideólogos – explicou – vieram nos dizer de parar de queimar qualquer material com carbono já. Foi como no caso todo dos CFCs. Eu fiquei muito abalado e percebi o problema ao vivo.
“Eles começaram a me chamar de negacionista porque eu disse que não se poderia parar de fazer CFCs de modo imediato. Ficaríamos sem geladeiras no mundo todo e poderiam acontecer intoxicações alimentares em massa.
“Eu disse que era necessário dar tempo ao setor industrial para encontrar alternativas seguras. Esse teria sido o modo correto de agir. E o mesmo se pode dizer sobre o clima”.
Falando ainda sobre o serviço meteorológico inglês – o Met Office – explicou:
“Eu mantenho contato com o Centro Hadley. Eles são um dos melhores centros de clima no mundo. Algo para se orgulhar. ...
“Eles estão sob enorme pressão do governo e não estão autorizados a dizer o que realmente pensam”.
Climatólogos ingleses “não estão autorizados a dizer o que realmente pensam”
A nova governança ecológica mundial que quer se instalar a partir da Rio+20 obviamente não gosta de cientistas que falem objetivamente em nome da ciência.
Porque dizem coisas que prejudicam os rumos arbitrários do super-governo planetário verde que pretende se instalar sob disfarce de ciência!
Que verde é esse? Que quer essa supergovernança? O que é que é a “economia verde” apregoada?
Diante dessas interrogações ficam ainda mais preocupantes as afirmações do guru inglês sobre a “religião verde”.
Carnaval caótico esquerdista e ôco
distrai as atenções de uma aventura totalitária
“A religião verde – disse Lovelock – agora está passando por cima da religião cristã. Isso mostra como os verdes são religiosos”.
Não é que Lovelock tenha mudado muito suas posições.
É que ele percebe que a agressividade da ofensiva verde está tornando a opinião pública avessa à meta visada pelo ambientalismo.
Explicou isso reafirmando:
“Eu acho que as pessoas ainda não notaram que a religião verde usa todo tipo de conceitos próprios das religiões.
“Os verdes acostumam apontar culpados. Mas você não pode ganhar a adesão das pessoas que te rodeiam dizendo que eles são culpados por colocar CO2 no ar”.
Esses religiosos de uma religião sem ciência, sem escrúpulos e sem Deus querem assumir o controle do mundo.
Mas, essa não foi a estrada das aventuras totalitárias que flagelaram a humanidade nos momentos mais negros da história?
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