Cameron se referiu especialmente ao risco de atentados terroristas "devido ao colapso da Síria, o crescimento do EIIL no Iraque e de Al Shabab no Corno da África".

"Simplesmente, não quero ser o primeiro ministro que tem de comparecer ante a opinião pública para explicar que podemos fazer mais para evitar um atentado", disse Cameron na quinta-feira em uma conferência de imprensa. "E quero também deixar claro que não vamos introduzir novos poderes, e sim, que vamos permitir que os serviços de inteligência sigam exercendo seu trabalho e vamos garantir ao mesmo tempo uma maior transparência e supervisão".

A lei promovida pela coalizão do governo de conservadores e liberal-democratas será apresentada na segunda-feira com caráter de urgência no Parlamento. Apesar da objeções levantadas pelos parlamentares trabalhistas e por grupos de direitos civis, a nova lei de vigilância será muito possivelmente aprovada com uma folgada maioria e com caráter provisional até 2016.

A nova lei permitirá basicamente que os serviços de segurança britânicos possam acessar as comunicações telefônicas e eletrônicas sem a necessidade de um requerimento judicial específico, sempre e quando considerarem que exista uma ameaça para a segurança.

O procedimento de urgência usado por Cameron, assim como o recente alerta decretado nos aeroportos diante do risco de atentados de extremistas islâmicos, mas tem despertado as suspeitas dos grupos de direitos civis, que temem uma nova reviravolta no sistema de vigilância massiva nas mãos do Quartel General de Comunicações do Governo (GCHQ) revelado pelo ex analista da CIA, Edward Snowden.

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Fontes:
- Periodismo Alternativo: Cameron defiende una nueva ley de vigilancia ante la amenaza del terrorismo
- Ria Novosti: Cameron defiende una nueva ley de vigilancia ante la amenaza del terrorismo