Absolutamente não tem importância alguma o quanto teria sido genuína, ou encenada como ‘resposta’ a pressões domésticas contra
Obama, de que ele estaria sendo ‘fraco’ em suas políticas externas, a postura truculenta e ameaçadora que o Secretário de Estado dos EUA John Kerry assumiu na entrevista à rede CBN[1] sobre Moscou – e diretamente contra o presidente Putin. O que importa é que Kerry ‘exigiu’ a virtual capitulação da Rússia ante a ameaça de retribuição norte-americana, e essa é atitude de desonestidade e de irrealismo.
A história da atual crise na Ucrânia não começou com a autorização, pelo Parlamento russo, para que Putin use força militar na
Ucrânia, se a entender necessária. Kerry pode facilmente confirmar isso, se perguntar à sua subordinada, a secretária-assistente Victoria Nuland, se ela realmente discutiu seu próprio mapa do caminho para uma ‘revolução colorida’ na Ucrânia, pelo telefone, com o embaixador dos
EUA em Kiev Geoffrey Pyatt, na famosa conversação “Foda-se a União Europeia” há dois meses.