O então ministro da Justiça Tarso Genro (PT) em cerimônia Kuarup
pelos mortos no Xingu, 2007. Foto Beth Begonha-ABr
O Documento Preparatório, comentado por Jeanne Smits evidentemente não foi escrito por índio algum, mas sim por teólogos de cenáculos fechados com forte predominância europeia.
Ele adota um vocabulário e modos pagãos para definir a “admiração sem limites pela natureza”. E a põem no cerne da religiosidade da Igreja ecológica-panteísta amazônica que excogitaram em seus conventículos:
“É a água, através de suas cachoeiras, rios e lagos, que representa o elemento articulador e integrador, tendo como eixo principal o Amazonas, o rio mãe e pai de todos.
“Num território tão diverso, pode-se imaginar que os diferentes grupos humanos que o habitam precisavam adaptar-se às distintas realidades geográficas, ecossistêmicas e políticas”. (nº 8, Documento Preparatório do Sínodo dos Bispos para a Assembleia Especial para a Pan-Amazônia [outubro de 2019])