Um primeiro estudo em 2000, implicou a exposição a pesticidas como um possível fator de risco no desenvolvimento do Mal de Parkinson. Quatorze anos depois, sabemos ainda mais sobre como estes produtos químicos danificam o cérebro.
Em 2000, uma meta-análise estabeleceu uma ligação entre a confirmada e presumida exposição a pesticidas ao aumento do risco de Mal de Parkinson. Os trabalhos posteriores apoiaram esta conexão, incluindo um grande estudo de 2006 que acompanhou os pacientes por nove anos. Os pacientes expostos a pesticidas tinham um risco 70% maior de incidência do Mal de Parkinson quando o estudo terminou; o risco era o mesmo para os agricultores expostos e não agricultores expostos, descartando então qualquer outro fator relacionado à fazenda não. O estudo não relatou toxinas específicas, mas o mais recente trabalho do The Parkinson’s Institute em Sunnyvale, Califórnia, fundado por Langston após a descoberta do MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetraidropiridina) - que é uma neurotoxina que provoca sintomas da doença de Parkinson), relatou. Os autores obteram histórias ocupacionais e de exposição dos agricultores e suas famílias. O herbicida Paraquate elevou o risco de Parkinson de 2 à 5 vezes. Rotenone também foi identificado como sendo um problema.
Os pesticidas exercem a sua neurotoxicidade de numerosas maneiras. Tanto o paraquate como o rotenone parecem debilitar neurônios dopaminérgicos via produção de radicais livres. Os radicais livres são átomos ou moléculas com um elétron ímpar em busca de um parceiro; eles causam um grande dano celular por furtos de elétrons de outras moléculas, prejudicando sua função. O rotenone também pode interferir com a liberação neuronal normal das proteínas danificadas ou degradadas. Proteínas defeituosas se acumulam, descarrilhando vários processos celulares.
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Fontes:
Disinformation: Pesticides May Be Reason Farmers More Likely To Develop Parkinson’s Disease
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