Apesar de todos os precursores químicos da Síria terem sido retirados em 2014 com a própria cooperação dos EUA, Washington continua acusando Damasco pelo ataque químico contra civis.
O governo dos EUA não descarta a possibilidade de executar novos bombardeios contra a Síria caso continuem os ataque químicos contra civis, afirmou nesta segunda-feira em uma conferência de imprensa o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
"A visão das pessoas sendo gaseadas e devastadas pelo uso de bombas de barril garantiu que, se virmos este tipo de ações de novo, estamos abertos a possibilidade de uma ação futura", afirmou o porta-voz presidencial, acrescentando que o ataque americano não foi simplesmente uma mensagem para a Síria, mas também para outros países. "Não apenas a Síria, mas o mundo todo viu um presidente (Donald Trump) que atua com decisão", advertiu.
Na semana passada, os EUA lançaram 59 mísseis de cruzeiro contra a base de Shayrat, situada na província síria de Homs, em represália a um ataque com armas químicas, supostamente perpetrado por Damasco contra a localidade de Jan Sheijun, na província de Idlib, o qual deixou mais de cinquenta mortos, entre eles numerosas crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. O governo sírio negou profundamente o uso de materiais químicos ou tóxicos na localidade, e responsabiliza o ataque aos grupos terroristas que operam na área.
Os mísseis de cruzeiro Tomahawk foram lançados a partir de destrutores que se encontram no Mediterrâneo Oriental, mas somente 23 deles alcançaram seus objetivos, informou por sua parte o Ministério de Defesa russo. O bombardeio americano deixou um saldo de 14 mortos, a maioria civis.
Por sua parte, o governo sírio afirmou que efetivamente sua Força Aérea havia atacado a província de Idlib um depósito de armas onde as organizações terroristas Estado Islâmico e Frente Al Nusra ameaçavam com armas químicas, e esta informação foi confirmada pela Rússia. Segundo o Ministério de Defesa russo, na área do depósito encontrava-se uma oficina de fabricação de projéteis com substâncias tóxicas, a mesma arma utilizada em Alepo no final de 2016.
Além disso, Moscou disse que todos os precursores químicos existentes na Síria foram retirados do país em meados de 2014 com a própria cooperação dos EUA, por isso pediu que investiguem a fundo o que ocorreu em Idlib e considerou "prematuro" acusar Damasco pelo ataque químico.
Segundo os dados da Coalizão Nacional de Forças de Oposição e Revolução Síria, o número de vítimas do ataque químico contra civis totalizou uma centena de pessoas - entre elas 25 crianças e 15 mulheres - e informa sobre 400 feridos, citando dados da Direção de Saúde da província de Idlib.
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