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Al Assad: "O Cenário da Venezuela é Idêntico ao da Síria"

sexta-feira, 28 de abril de 2017 |

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O presidente sírio, em uma entrevista concedida à Telesur, advertiu que o plano contra o país sul-americano é o mesmo aplicado contra Damasco, com o único objetivo de velar "pelos interesses da elite governante".

O presidente da Síria, Bashar Al Assad, considerou que a situação atual da Venezuela emula o plano de intervenção orquestrado pelos EUA contra o país árabe.


"Se o plano é um e o executor é o mesmo, então é normal que os cenários não apenas se pareçam, mas sejam idênticos", disse Al Assad, entrevistado pela rede Telesur, sobre o assédio que tem vivido o país sul-americano nos últimos dias.

O presidente advertiu que o maior inimigo para a resolução de um conflito, é a interferência internacional, porque um protagonista externo é capaz somente de provocar diferenças, tal como ocorreu em seu país: "Não acreditem no Ocidente, eles não velam pelos direitos humanos nem pelos interesses dos países, mas sim pelos interesses da elite governante de seus estados, que não são somente políticos mas também econômicos".

Pare o financiamento de grupos terroristas

Nas últimas semanas, a ofensiva midiática e diplomática contra a Venezuela foi em escalada. A oposição política realizou marchas e manifestações, supostamente de caráter pacífico, mas que culminaram em atos violentos como assassinatos, obstrução de estradas, destruição de patrimônio público e até ataques a hospitais infantis.

Perante isso, o governo do presidente Nicolás Maduro denunciou que as intenções de seus adversários é derrubá-lo antes que seu mandato termine, enquanto a direita o acusa de reprimir as manifestações "pacíficas". Para Al-Assad, o panorama na Síria não foi muito diferente.

"No começo diziam que as marchas na Síria eram pacíficas, mas ao ver que não se propagavam as marchas e os protestos, infiltraram-se nelas indivíduos para disparar em ambas as partes, o que resultou em mortos. Então começaram a dizer que o governo matava o povo", lembrou Al Assad, após traçar um paralelo com a situação atual da Venezuela.

Por isso, o chefe de estado sírio esclareceu: "há uma diferença entre ser o opositor e estar contra a Pátria". Este último, para o presidente, tem a ver com os adversários políticos que, em vez de buscarem a resolução do conflito porta adentro, facilitam a via para uma intervenção armada.

Leia também: Assad: Os EUA "Fabricaram" o Ataque com Armas Químicas, e Vídeos Podem ter Sido Encenados

"Maduro é um branco"

Após recordar o falecido presidente venezuelano, Hugo Chávez, como uma figura "que mudou a cara da América Latina" e que "defendia os interesses comuns das pessoas", Assad considerou normal que os países hegemônicos como os EUA, ataquem com a mesma violência a seu sucessor político, Nicolás Maduro.

"Ele (Maduro) é o primeiro branco para os EUA. É algo tão óbvio que não há muito o que se pensar sobre isso", apontou Al Assad, que ponderou como vital a busca de uma estratégia para frear o financiamento dos "grupos terroristas" que somente pretendem gerar caos na Venezuela, como continua ocorrendo na Síria.

Nesse sentido, ele acrescentou que o adiamento do fim da guerra na Síria, não tem a ver com a falta de vontade dos protagonistas internos, mas com a interferência do Ocidente: "Não há barreira real, o problema atual surge quando damos um passo adiante à resolução política porque os grupos terroristas recebem mais dinheiro e armas, e entorpecem a solução. Então, a solução é colocar fim ao apoio aos terroristas a partir do exterior".

Uma vez concretizado esse passo, aponta Al Assad, é que pode ser possível avançar para um processo de pós-conflito que inclua indultos, reconciliação e reparação de vítimas: "lhe garanto que quando isto ocorrer, a Síria será muito mais forte que antes da guerra".

Preservar a independência

Para Al Assad, o maior antídoto para evitar a interferência - e, por um fim a guerra - é preservar a independência: "A América Latina foi um modelo de emancipação, ou seja, a saída do ocupante no caso de haver tropas estrangeiras, mas ao mesmo tempo a decisão nacional, a abertura e a democracia".

"Vocês deram ao mundo um modelo importante, conservem-no" exortou o presidente sírio. As declarações de Al Assad foram transmitidas um dia depois que a Venezuela tomou a decisão de sair da Organização dos Estados Americanos (OEA), por considerar que o órgão hemisférico se tornou em uma ferramenta dos EUA para a interferência.

Leia mais:


“Na Venezuela não há Comida, mas no Brasil sim”: A Nova Fuga da Fome na Fronteira do Norte












Fontes:
- RT: Al Assad: "El escenario de Venezuela es idéntico al de Siria"
- Telesur: Al Assad: nosotros continuamos luchando contra los terroristas
- RT: Opositores venezolanos dan brutal golpiza a joven por "chavista"

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