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Um Plano sem Êxito: Por que os EUA não Podem com a Coreia do Norte?

terça-feira, 18 de abril de 2017 |

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"A última coisa que precisamos na tensa situação do noroeste da Ásia, é uma postura de macho", afirma o escritor Ian Buruma, que afirma que as "ameaças vazias" dos EUA "somente fazem o jogo do ditador coreano".


O professor, escritor e historiador Ian Buruma garantiu em um artigo para a revista americana The Atlantic que, os EUA "não podem fazer muito em relação à Coreia do Norte", e que sobre qualquer coisa que façam a respeito "precisarão da China". Além disso, o especialista advertiu sobre o perigo de "fazer o jogo" da ditadura coreana.

"O mundo está se adaptando à bravata de Trump"


A raiz do aumento da tensão na Península coreana com o último lançamento falho de um míssil por parte de Pionyang, foi que o Pentágono ordenou mobilizar o porta-aviões USS Carl Vinson e seu grupo de ataque, e dirigir-los às águas que rodeiam a Península Coreana. Agora, "o mundo se adapta", afirma Buruma, lentamente à "bravata" do presidente dos EUA, Donald Trump.

O escritor que em 2 de abril, em resposta à uma pergunta sobre a possível cooperação com a China para reduzir a ameaça nuclear norte-coreana, o presidente americano garantiu que se Pequim não resolver o problema, Washington o fará sem informar, no entanto, de qualquer maneira.

Entretanto, o escritor adverte que "a última coisa que precisamos na tensa situação do noroeste da Ásia, onde uma ação militar poderia derivar em catástrofe, são mais posturas de macho". Segundo o especialista, "as promessas vazias de Washington não são eficazes, mas fazem o jogo do ditador coreano". Elas agem, explica, como um fator que contribui ainda mais para a "idolatria" do líder coreano e o nacionalismo coreano através do "medo de um ataque estrangeiro malvado".

Como Pequim pode ajudar?

Segundo Buruma, "não há muito" o que os EUA possam fazer em relação às intenções de Kim Jong-un de desenvolver o programa nuclear, "especialmente sem o apoio da China", a qual, em sua opinião, "é a única potência que possui alguma influência sobre a Coreia do Norte".

O escritor acrescenta que Pequim não está interessado no colapso de seu vizinho comunista. "O regime de Kim pode ser ruim, mas uma Coreia unida, cheia de bases militares americanas seria pior", adverte o escritor, "sem levar em consideração a possível crise de refugiados nas fronteiras da China".

Cooperar com a China neste sentido "não seria difícil", mas o "segredo sujo" é que, "no noroeste da Ásia, todos prefeririam manter o status quo", garante Buruma. Ele acrescenta que a possibilidade da unificação pacífica das duas Coreias é muito pequena. O que, segundo o historiador, é perigoso e deve se evitar que Pionyang venda suas armas ao exterior. "Somente por esta razão a cooperação com a China é essencial", enfatiza.

"Pionyang não renunciará seu arsenal nuclear, isso é tudo o que eles têm"


Além disso, Buruma explica que "Kim Jong-un não renunciará seu arsenal nuclear porque "isso é tudo o que eles têm". "Sem a bomba, a Coreia do Norte seria não mais que uma ditadura pequena e pobre", enquanto ele lembra que, "com os mísseis nucleares, ela pode comporta-se como uma grande potência". E o mais importante, ela "pode manter outras grandes potências no golfo", salienta o historiador.

Por tudo isso, Buruma lembra que não há muitas possibilidades mais e que o mundo terá que viver com Pionyang como potência nuclear. Ele acrescenta que é inútil pressionar a China para que ela force a Coreia do Norte a abandonar suas armas nucleares. A esperança é que Pequim peça aos norte-coreanos que não as usem, afirma o historiador.

"A situação é ruim, mas o mundo terá que conviver com isso", diz o escritor. "Viver sob uma ditadura brutal é um destino terrível, mas isso é melhor que morrer em uma guerra nuclear", conclui.

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Fontes:
- RT: Un plan sin éxito: ¿Por qué EE.UU. no puede con Corea del Norte?
- The Atlantic: America Can’t Do Much About North Korea

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