Estas declarações foram feitas pelo representante permanente da Bolívia no Conselho de Segurança durante a sessão extraordinária que este país convocou após o ataque americano.


O ataque dos EUA à Síria, supõe uma violação "escandalosa" da carta da ONU, afirmou Sacha Llorenti, representante permanente da Bolívia no Conselho de Segurança, durante a sessão extraordinária deste órgão que o país sul-americano convocou nesta sexta-feira após saber do bombardeio americano.

Além disso, ele afirmou que se deve respeitar a Carta da Nações Unidas.

O funcionário ressaltou que, ao longo dos últimos 50 anos a humanidade, constituiu diversos instrumentos de direito internacional para evitar "gravíssimas brechas das leis internacionais", mas que agora os EUA "tornou-se o fiscal, o juiz e o executor", sentenciou. Onde está a investigação deste caso?, perguntou Llorenti.

Segundo afirma o político boliviano, aos EUA não interessa o direito internacional, e ele deixa de lado a ONU "quando lhe convém".

O funcionário lembrou que "nesta mesma sala"  discutiu-se sobre as armas de destruição massiva no Iraque, e apontou que o Conselho de Segurança da ONU é "a última esperança para garantir o direito internacional".

O representante boliviano reiterou que seu país condena energicamente o uso de armas químicas por ser um fato "injustificável e criminoso", e destacou que os responsáveis devem ser processados por isso.


* Os EUA lançou de madrugada desta quinta-feira um ataque com mísseis de cruzeiro contra uma base aérea síria.
* Washington argumenta que a partir desta mesma base das forças armadas sírias, atacaram esta terça-feira a localidade de Jan Shiejun na província de Idlib.
* O suposto ataque com armas químicas deixou dezenas de vítimas mortais e centenas de feridos, segundo voluntários.
* A Rússia acredita que Damasco atacou naquela ocasião uma fábrica de armas químicas dos rebeldes armados, os quais controlavam a localidade.

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Fontes:
- RT: Histórica intervención de Bolivia ante la ONU por el ataque de EE.UU.
- RT: Bolivia solicita una reunión urgente del Consejo de Seguridad de la ONU tras el bombardeo de EE.UU.